Na última quinta-feira, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, esteve presente na CBF para uma reunião onde discutiu sobre a arbitragem polêmica dos últimos jogos do Tricolor no Brasileirão e entregou um ofício à entidade. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o mandatário contou detalhes sobre o encontro.
– Estive lá sim, levei um ofício me manifestando especificamente sobre duas arbitragens. Contra o Vasco e o São Paulo. Fui muito bem recebido pelo Gaciba, não tinha estado com ele ainda, não o conhecia pessoalmente. Ele entendeu as nossas ponderações. Mais do que protocolar um ofício, fizemos uma reunião longa. Ele me perguntou quais eram os nossos pleitos, nossas reclamações. Eu expliquei para ele com relação aos dois jogos. Dizendo de maneira clara que eu achava que nós fomos prejudicados nesses dois jogos. Não só ele me recebeu, como o presidente da CBF e o Walter Feldmann. Foi muito boa a reunião. Eles deixaram as portas abertas para que a gente possa seguir se manifestando caso a gente continue insatisfeito com o trabalho. Também pedi a eles que nos informassem sobre os critérios. Com relação ao jogo contra o São Paulo especificamente eu queria entender alguns critérios, inclusive sobre o VAR. O Gaciba me explicou quais são os critérios que são utilizados no campeonato. Curiosamente alguns utilizados diferentes do que na Sul-Americana. É algo que não consigo entender no futebol. O VAR é instituído pela entidade maior e os critérios são usados de maneira diferente dependendo da competição. Na minha modesta opinião é um absurdo. Mas eu quero entender os critérios até para que eu possa reclamar quanto a orientação. Em relação ao São Paulo eu perguntei qual foi o critério de utilização do VAR e não houve em outros jogos de adversários nossos. O jogo do Vasco eu contestei as expulsões que considerei extremamente exageradas e desnecessárias, até pelo scout do jogo. Fluminense fez menos faltas, teve mais posse e teve um jogador expulso quando tinha o controle da partida. Não há lógica nessa expulsão e a segunda muito menos. O jogador tinha acabado de entrar e não era uma chance clara de gol. Minha ponderação também foi perguntar sobre o árbitro encerrar o jogo num escanteio do Fluminense, o que achei um absurdo. Tudo faz parte do ofício, está no vídeo. Ele me prometeu, além de ter ouvido, que iria responder oficialmente. Assim que houver a resposta, vamos poder nos manifestar – disse o presidente.