O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, em reunião no Conselho Deliberativo realizada na última segunda-feira, falou a respeito do caso Praxedes. Formado em Xerém, o atleta, que saiu do Fluminense em 2018 para fechar com o Internacional, recebeu uma proposta milionária para deixar o país. Entretanto, quando saiu do clube das Laranjeiras, o Tricolor possuía 50% dos direitos. Atualmente, tem apenas 10%.
O NETFLU apurou que no encontro com os conselheiros, que ocorreu de forma virtual, o mandatário tricolor disse que o ex-homem forte de Xerém, Marcelo Teixeira, considerou que o jovem não iria performar no clube e decidiu negociá-lo com o Internacional, cedendo 50% dos direitos e já deixando para negociar mais 20%, caso o Inter fizesse uma proposta de R$ 500 mil, o que ocorreu no ano passado.
Em contato com profissionais que ainda trabalham e/ou já trabalharam em Xerém, o site número um da torcida tricolor apurou que a informação dada pelo presidente está, no mínimo, incompleta. Depois da postagem do Praxedes se dizendo torcedor do Flamengo, houve uma pressão muito grande pela saída do jogador, mas Teixeira preferiu mantê-lo. A situação mudou após pedidos da comissão técnica da base.
Na categoria em que ele estava enquanto defendia o Fluminense, o sub-17, era unânime entre os diretores da base que o jogador tinha de ser dispensado, sobretudo pela parte comportamental. Não jogava, era barrado, e criava situações extracampo. Daí surgiram os empresários do Internacional querendo levá-lo para Porto Alegre e o Flu fez o negócio.
A saída de Praxedes foi formalizada após pedidos constantes do técnico Eduardo Oliveira, do auxiliar técnico, Alexandre Lopes e do coordenador técnico, Marcelo Veiga. Os três, mesmo depois da gestão Abad, seguem no Fluminense. A saída do jovem fora sacramentada após reunião entre os diretores Paulo Bhering, Fabiano Camargo, Thiago Mangaba e Júlio Domingues e foi colocado numa ata.
É importante lembrar que o Fluminense revelou que 20% dos direitos sobre o atleta já estavam embutidos no ato da negociação com o Inter, que teria o direito de adquirir por R$ 500 mil. E que os outros 20% foram cedidos aos empresários do jovem para quitar um débito de R$ 1,3 milhão. Assim sendo, restaram somente 10% à cúpula verde, branca e grená.