Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky, Enderson Moreira e Eduardo Baptista treinaram o Fluminense. Mas apesar de tantas trocas, o vice de futebol do clube, Mário Bittencourt, acredita no trabalho a longo prazo. Ele analisa as posições que tomou em conjunto com o executivo Fernando Simone no ano de 2015.
– Mantivemos o Cristóvão por um ano no comando apanhando de todo mundo. Todo mundo me perguntava porque da manutenção do Cristóvão de 14 para 15. Mantivemos contra tudo e contra todos, torcida era contra, parte da imprensa e mantivemos. Não o contratei, mas gostei do trabalho. Por que mantivemos? Mantivemos porque havia a possibilidade de o patrocinador sair. Precisávamos de um treinador que conhecesse o ambiente. Imagina: Perdemos um patrocinador, teríamos que contratar 15, 16 jogadores e botar um comandante novo aqui dentro. Queríamos dar a ele a oportunidade de começar a temporada. Acabou não rendendo o que esperávamos. Fizemos uma aposta no Drubscky, que acabou não sendo boa. A nossa ideia era seguir com o Enderson, que era um contrato um pouco mais longo. Culminou com aquele episódio da torcida invadir Laranjeiras na véspera do jogo contra o Palmeiras, que foi uma tragédia e deu tudo errado. Costumo dizer que derrotas no futebol, às vezes, são que nem desastre de avião. São sete, oito erros em sequência que faz com que o avião embique o nariz para baixo e você não o levanta mais. Jogávamos com o Palmeiras, dominávamos o jogo, o Fred perde pênalti, o time se desestabiliza emocionalmente de maneira absurda, comete três, quatro falhas individuais grotescas e perde de 4 a 1 em um jogo que, com todo respeito, poderíamos vencer por 2 ou 3 a 0. E a ideia era manter o treinador, mesmo com a derrota. Mas ele chegou para nós e disse que não conseguia mais desenvolver o trabalho diante das críticas que estávamos sofrendo. Mas a filosofia é que sigamos co mo Eduardo durante toda a temporada. É o que eu acredito. Só acredito no longo prazo – declarou Mário.