Se em 2023 Mário Bittencourt segurou os principais jogadores do Fluminense em prol do projeto de vencer a Libertadores pela primeira vez na história, em 2024 a realidade será um pouco diferente. O clube, claro, segue na briga pelos títulos, mas agora o presidente admite que terá a necessidade na janela do meio do ano de fazer uma ou até duas vendas para honrar com os compromissos financeiros do Tricolor. O mandatário falou em entrevista coletiva na noite de quarta-feira, após a equipe vencer novamente o Sampaio Corrêa por 2 a 0, no Maracanã, e avançar às oitavas de final da Copa Betano do Brasil.
— A gente ano passado fez uma escolha e escolhas tem consequencias. Ano passado conseguimos fazer essa escolha. Em 2022 nós precisamos fazer uma venda para fechar o ano. Eu fui muito criticado por ter feito essa venda (Luiz Henrique). Mas foi essa venda que fez que a gente fez com que a gente mantivesse todos os salários em dia, que a gente conseguisse chegar em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro e classificar para a fase de grupo da Libertadores que a gente acabou ganhando. No ano passado eu fiz o inverso – disse, prosseguindo:
— Naquele momento, havia possibilidade. E eu não escondo de ninguém que esse ano, se não acontecer nenhum evento extra financeiro do clube, a gente obviamente vai ter que fazer uma venda, uma ou duas, no meio do ano, para que a gente possa manter as contas do clube equilibradas. Eu repito muito isso nas entrevistas, porque o clube mudou de prateleira, não só do ponto de vista financeiro, mas também do ponto de vista desportivo. Mas as agouras ainda são muitas. Porque a dívida deixada do passado é muito grande a gente vai, obviamente, esse bom trabalho que a gente vem fazendo nos dois campos, vai nos gerar, certamente, no futuro. Eu espero que seja próximo a chegada de um aporte financeiro, de um investimento, para que a gente possa definitivamente equilibrar e zerar a pedra. Mas, por enquanto, a gente precisa fazer as vendas.