Até o final da década de 1980 era comum as preliminares dos jogos no Rio de Janeiro serem disputadas por aspirantes. São atletas que já estouraram a idade de juniores, mas que ainda não conseguiam integrar o elenco profissional. Para o gerente de futebol do Fluminense, Marcelo Teixeira, faltam nos dias atuais competições para manter esses jogadores em atividade.
– Considero que é um dos grandes problemas que nós temos no futebol brasileiro. Se você fizer uma análise pelo mundo e mesmo na América do Sul, praticamente todos os mercados importantes oferecem para os clubes uma competição para que esse jogador que estourou a idade de juniores, mas ainda não tem experiência para o profissional, tenha uma competição. Se for na Argentina, no Uruguai, na Espanha, Portugal, na Inglaterra, temos esse tipo de competição. E aqui no Brasil a gente não tem. Traz um prejuízo muito grande para o futebol brasileiro porque o jogador está numa fase importante de formação, entre 19 a 21 anos, que deveria estar competindo, está praticamente só treinando ou muitas vezes acaba emprestando para centros menores em que você não tem controle. Certamente deixam de evoluir e de atingir o que poderiam ser. Poderiam jogar a Primeira Divisão, mas vão jogar na Segunda, na Terceira. E o clube que investiu anos e anos nesses atletas perdeu esse dinheiro.