Oi pessoal!

 
 
 

Porquê Marcelo Oliveira “abelou” e perdeu para o Ceará…

Era o brasfoot, aquele joguinho de computador em que acabava o 1°tempo e a gente tinha que ver quem estava com energia ou sem para aguentar o 2° tempo do jogo?

Os técnicos brasileiros não são técnicos de futebol, jogam brasfoot com nossos times do coração.

Antes, como o Brasil formava jogadores de talento nato, os treinadores não precisavam ler o jogo, escalavam o Reinaldo (Atlético-MG), mesmo manco (jogador com contusões graves), porque ele era genial como jogador, desequilibrava, sem correr como um atleta.

No “futebol moderno dessa década”, não:  primeiro, não há mais gênios no país. Isto faz com que um jogador razoável ou bom se torne imprescindível, porém obriga o treinador a saber a diferença entre Richard e Jádson. E tem!

Marcelo Oliveira “abelou”. A diferença foi que ao invés do monstrengo 3 zagueiros, o atual técnico foi jogar contra um dos piores times do campeonato com 3 volantes.

Jogo para vencer tanto quanto o próximo, em casa, contra o Bahia, para subir de patamar e Marcelo Oliveira abdicou de um atacante, quando deveria barrar ou Richard ou Norton para Sornoza encaixar o meio.

No intervalo, já perdendo o jogo, mantém Richard e Norton. E depois diz o que todos vimos: “não conseguimos criar”.

Claro que não! Até a “Maria” aqui da arquibancada sabe que não sairia criação com Mateus Norton e Richard.

Mas Marcelo Oliveira é obrigado e pago para saber que tendo que propor o jogo – até se esse fosse disputado no raio que os parta – como um Fluminense jogando contra o Ceará (com todo respeito ao Vozão), não podia escalar nem substituir como fez.

Teremos Sul-Americana, quinta, às 21h45min e Bahia, domingo, às 19h, mais o Inter, dia 13, às 20h de segunda. Todos no Maracanã, onde o Fluminense é obrigado a jogar, se impondo, dominando o meio para dominar o jogo, sem desculpas.

Marcelo Oliveira é técnico de futebol e não poderá se comportar como se jogasse brasfoot para passar o tempo. Não “abela” ! Você não brilhou no Cruzeiro, essa década, jogando com dois volantes sem passe vertical!

Em início de trabalho, errar acontece, mas o erro foi feio. Não se dá liga num time se não encaixar o jogador com outro, pelas características; não só pela situação física que um programa de computador mostra.

Se Sornoza sentiu dor de cabeça (espero que esteja bem e tenha sido efeito da pancada num lance de jogo e, não, efeito da pancada que a Flusócio dá no bolso do elenco), não se pode pôr um atacante para armar… Luquinhas tinha que estar no banco.

Ah, mas Luquinhas? É, ele mesmo. Porque é o jogador que se tem com a característica para a posição. Não o Léo que substitui o Gilberto? Marlon, do Ayrton Lucas? Frazan (Santo Cristo!) que entra na zaga?

Luquinhas é o meia de ligação, é quem tem que substituir o Sornoza centralizado na armação.

Porque, mesmo o rapaz sem ritmo,  perdido, nervoso, conseguiria, por ter o recurso da posição, mais condição de acertar uma bola na ligação do que o Richard, fisicamente 100%, correndo, correndo, correndo, em 10 jogos.

Também Jádson, mesmo mal, errando passes, tem mais recurso de acertar um lance no apoio do que Norton e Richard.

Se tiver que escolher para consertar a escalação monstrenga com 3 volantes, onde 2 não sabem dar um passe vertical, precisando virar o jogo contra o lanterna, deixar em campo logo aqueles que indo trinta mil vezes no ataque, nada produzirão, foi erro tão ridículo, primário, que nos custou a derrota vergonhosa e  três pontos obrigatórios. Não é possível mais isso: técnicos de Brasfoot.

Para o Fluminense, menos ainda. Afinal, nosso clube já tem que aguentar no lombo o peso de uma diretoria fraudulenta, mentirosa e que não entende nada de futebol.

Além de, historicamente, enfrentar arbitragens contrárias: tivemos até contra o Ceará um gol mal anulado e um pênalti interpretado pela cretinice: a bola ia para o gol, seria gol, mas contra nós, se o adversário se jogar de quatro na frente do chute “não é correr o risco, é movimento natural”.

Marcelo Oliveira errou feio. Eu entendo que chegou há pouco e ainda está procurando a escalação, com jogadores chegando, mas não se justificam as suas escolhas primárias na vergonhosa (SIM!) derrota, em Fortaleza.

Fluminense perde a chance de aproveitar  seu bom início, com nova proposta de jogo, para subir de patamar.

Em casa, Marcelo Oliveira, jogue como  temos que jogar: os laterais de laterais; um primeiro volante que proteja a zaga; outro que tenha boa saída e mais o 10. Nos lados, atacantes. E, por fim, o finalizador.

Futebol é simples. Não é Brasfoot.

Não à toa que Douglas (Grêmio), Danilo (Corínthians), Fred (lento e contudido), D’Alessandro (Inter), enfim, jogadores sem mais força física fizeram a diferença, muitas vezes, nessa década dos maratonistas no lugar de caras que jogam bola.

Volte a ser o técnico equilibrado, Marcelo! A torcida do Fluminense não merece nem aguenta mais “abelices”! Por favor, não repita o que fez contra o Ceará, pelo amor de Deus!

O tempo urge. Rápido, repense. Mude para quinta já! Coragem! Bote na bola e ao ataque!

Será assim que atraírá para o seu lado e junto com o time, a mais impressionante no apoio, no canto e na beleza torcida do país: a tricolor.

Nós o apoiaremos se fizer o Fluminense atuar como time grande. Então, “MARCHAREMOS! MARCHAREMOS” ao Maraca e aonde quer que nosso Tricolor for jogar.

Mas só queremos ver nosso time atuar como time grande: equilibrado, encaixado (cinco defensores e cinco de origem ofensivas, compactados, próximos, para ter sempre cobertura sem a bola e opção à frente para o passe com a redonda).

Bote na bola e ao ataque, Fluzão!

Ao Maraca!!!

Toques rápidos

– Saída do Renato Chaves: reforço.

– Agora mais custos para contratar um zagueiro, enquanto “os jênios” deram de “graça” o Reginaldo e ao perderem Luan Peres, ficamos sem dois zagueiros. “JÊNIOS”

– Então “os Danilos” da Flusócio precisam que um técnico diga se um jovem da base sabe jogar bola? “Pai Nosso que estás no céu…” Chega logo Primeiro de Janeiro de 2020!

Fraternalmente, ST.

Imagem: Lucas Merçon/Fluminense F.C.