De olhos bem abertos. Sem receber jogo de clubes desde a final do Campeonato Carioca, dia 8 de maio – quando o Vasco conquistou o bicampeonato estadual em cima do Botafogo -, o Maracanã segue no poder da Rio 2016 até 30 de outubro. Nos bastidores, a disputa silenciosa envolve negociação da Odebrecht para a devolução do estádio para o governo, acompanhada de perto pelo Fluminense, que tem contrato com a atual concessionária do estádio por mais 32 anos, e o olhar atento de Flamengo e parceiros. A Ferj também acena com a operação de partidas no estádio.
Embora a indefinição política hoje paire nas tratativas do futuro do estádio – existem visões distintas que vão desde as duas cabeças mandantes do poder estadual, com um governador afastado, Luiz Fernando Pezão, ao em exercício Francisco Dornelles -, há expectativa de que novo edital de licitação seja lançado após as eleições de outubro.
– Hoje, essa é a tendência. Mas ninguém espera que algo fique definido antes das eleições – diz um dos agentes envolvidos nas negociações com o governo estadual. O primeiro turno das eleições está marcado para um domingo, dia 2 de outubro.
Vale lembrar que a diretoria do Fluminense acompanha de perto as tratativas, inclusive com representantes lidando diretamente com agentes políticos. Com acordo válido por todo tempo de concessão à Odebrecht, a devolução do Maracanã – que é prevista no caso de inadimplência do governo com a concessionária ou o contrário – ao governo anularia o contrato com o estádio, que lhe garante vantagens comerciais e, por exemplo, o disputado lado direito da arquibancada.