As mudanças anunciadas pela Conmebol para a Copa Libertadores da América atingiram em cheio os clubes mexicanos. Os dirigentes não aceitaram o novo regulamento e não participarão da edição de 2017. Em declarações reproduzidas no portal “Mediotiempo”, os presidentes do Pachuca, Jesús Martínez Patiño, e do Tigres, Alejandro Rodríguez, foram bem claros que as novas condições elaboradas pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) não foram aceitas, entre elas, a extensão da disputa até dezembro e a nova distribuição de vagas. Com a manutenção de seus três representantes, sua saída pode significar mais participantes para outros países.

– Pelo que vejo, vamos abrir mão da Libertadores. Acho que Enrique Bonilla anunciará oficialmente. É o que se vê das votações, foi para apoiar o calendário da nossa Liga. Está muito complexa a situação pela questão dos calendários. Nesse aspecto, temos que apoiar todo o projeto da Liga, para não afetá-la – disse Patiño, também integrante do comitê de desenvolvimento esportivo da Liga MX.

 
 
 

Presentes na Libertadores desde 1998, os mexicanos participaram do torneio com 18 clubes diferentes ao longo desses 18 anos. Nunca foram campeões, não tinham direito à vaga no Mundial de Clubes nem com título, mas chegaram a três finais, com o Cruz Azul, em 2001, Chivas, em 2010, e Tigres, 2015.

A saída dos clubes mexicanos deve obrigar a Conmebol a alterar a configuração do torneio. Antes da desistência, os 44 representantes dos países estavam distribuídos da seguinte forma: Brasil (sete), Argentina (seis), Colômbia (cinco), Chile (quatro), Equador (três), Paraguai (três), México (três), Bolívia (três), Uruguai (três), Peru (três) e Venezuela (três), além da vaga ao campeão da Copa Sul-Americana.