A liga de clubes, disposta a organizar o Campeonato Brasileiro nas Séries A e B, já definiu os próximos passos para se tornar viável. Na última segunda-feira, houve reunião com os 40 representantes das agremiações das duas divisões.
Segundo o jornal O Globo, o foco de momento é a criação da liga enquanto empresa. O cronograma prevê que essa etapa seja feita em duas fases e seja concluída até o final do ano. O futebol em si será discutido mais à frente.
O processo será liderado pelo advogado André Sica com o auxílio de funcionários de uns 20 clubes, especializados em diversas áreas. Os profissionais fazem parte de um grupo de trabalho definido na última reunião. Estes serão divididos em subgrupos temáticos, como jurídico, marketing etc.
O primeiro passo será a definição do modelo de governança, financiamento e o tipo estatutário. Após essas definições, o estatuto da Liga será escrito e submetido aos departamentos jurídicos dos grupos para adaptações subsequente aprovação. Esse processo deve demorar três meses.
Após aprovação do estatuto, o segundo será a implementação da empresa, com a locação de um escritório, contratação de funcionários, executivos, um CEO ou eleição de um presidente, a depender de qual modelo societário for escolhido. Essa fase também deve demorar 90 dias para ser concluída.
Depois da finalização destas etapas que a Liga começará a trabalhar, mas isso não significa já organizar o Brasileiro. Assumir a competição já a partir do ano que vem é algo improvável. Só se tudo der errado e houver uma ruptura com a CBF, o que não é o desejo. Será preciso primeiro conversar com o mercado para definir patrocínios, investidores, direitos de transmissão e outras negociações.
Passada a elaboração do estatuto, o CEO ou presidente da Liga, irá conversar com a CBF para levar e ouvir demandas. Pode-se, por exemplo, esperar que os contratos vigentes da CBF se encerrem para que a Liga comece de fato, enquanto competição — mas não é desejo dos clubes que se espere tanto.