O Fluminense, por conta da escalação irregular de um jogador na semifinal contra o Vasco, foi eliminado da final da Copa Internacional de Futebol Legends. Destaque da equipe, Somália falou em entrevista exclusiva ao NETFLU sobre a frustração de ficar fora da decisão. O atacante, irritado, revelou inclusive que houve confusões internas. Ele confessa também ter ficado muito surpreso.
– Sim. Nós, jogadores sim (ficaram surpresos). Até porque teve uma reunião antes a respeito, porque a gente reclamava que o Gama teria entrado com um jogador irregular, onde a direção do evento comunicou e fez uma reunião com todos os times. Como o Gama atuou irregular, pediram mais um jogo, senão iriam embarreirar o evento de novo no estádio, prejudicando toda uma situação. Então, fizemos um segundo jogo. Ontem, depois da reunião, explicou pra diretoria que poderíamos jogar o terceiro consecutivo, mas com muitos atletas que não estavam em condições. Aí, três jogos seguidos é muito cansativo. Na reunião, todos assinaram a ata que o Fluminense poderia trazer mais dois jogadores, mas não especificou se poderia ter jogado no Fluminense ou não. O que foi passado para os atletas é que estava livre. Não fui eu quem convidou ninguém. Eu simplesmente fui pra jogar porque eu fui convidado. E estávamos muito empenhados, porque parecia que não queriam que o Fluminense chegasse. Depois que ganhamos, falaram que jogamos com atletas irregulares. Aí teve jogador que falou mal do evento, quase saiu na porrada. Ficamos longe de casa, sem receber um real, mostrando a força do Tricolor, que a gente pudesse reviver uma época boa. Eu mesmo estou muito puto com essa situação porque a gente fica triste. Meus filhos estavam todos empolgados. Foi um erro que a gente nem entende. Nós, atletas, nem assistimos à reunião. Foi a diretoria que passou isso pra gente e deu no que deu – disse.
Somália comentou também sobre a conversa com o diretor responsável pela participação do Fluminense no evento.
– A gente o chamou, o nome dele acho que é Renato (Renato Netto). Ele bateu boca com dirigente, falando que era covardia da parte deles, sabendo que todo mundo teve uma entrega muito grande nos jogos. São ex-jogadores. Poderia até matar alguém, lesionar alguém sério, sendo que o Vasco ficou três dias descansando e nós jogamos três seguidos. A organização do evento falou que uma metade dos jogadores aceitou e a outra não aceitou e ficamos no meio disso tudo sem saber exatamente o que aconteceu. Algumas pessoas se exaltaram, rolou xingamentos com o organizador, porque todos sabem que ele está jogando e participando do time do Botafogo, por exemplo. Daí a gente descobre que tinham dado patrocínio no Vasco e no Botafogo, parece que estavam torcendo por isso. O importante é que dentro de campo fizemos o nosso papel e tínhamos convicção de que iríamos trazer esse caneco. O time estava começando a encaixar – falou.