3Aos 36 anos, Leandro se prepara para a disputa da Copa Rio pela equipe da Cabofriense, onde joga há três anos. Campeão por várias equipes, ídolo do Cruzeiro, o lateral-esquerdo só tem uma decepção na carreira: não ter sido o jogador que todos esperavam no Fluminense, em 2009.

– Só fiquei chateado de não ter dado certo no Fluminense, só isso. Um time bom, clube bom para trabalhar, mas aconteceu. Não fui o primeiro e não vou ser o último. Mas a equipe também não estava sincronizada um com o outro. É o que eu falo com os caras sempre: a vaidade complica muito, a vaidade não dá certo. Acho que foi o que aconteceu, mas não me arrependo, não. Só fiquei chateado, triste por não ter dado certo lá. Depois o Fluminense conseguiu se livrar do rebaixamento. Depois, no outro ano, foi bater o campeão. E a equipe está aí, equipe grande, tem sempre que brigar pelo título mesmo. Só isso só, mas não tenho nada a reclamar sobre isso – disse, que via a cobrança naquela época como natural:

 
 
 

– Acontece em qualquer clube, qualquer clube. A torcida vai cobrar. Tu vê o Ronaldinho, torcida já está cobrando o cara. Mas é o que eu falo, as pessoas querem cobrar do Ronaldinho o Ronaldinho do Barcelona, não tem como. Os tempo mudaram, o cara já passou. Tem qualidade, claro que tem qualidade, mas o cara ficou muito tempo parado. Não temos paciência, o brasileiro não tem paciência, não tem essa calma. Eu estava falando do Marcelo Oliveira, o cara foi bicampeão brasileiro no Cruzeiro, mandaram o cara embora. Como que tu manda um treinador desse embora? Você ser campeão brasileiro já é difícil. Bi? Mais difícil ainda, mas eles mandaram o cara embora. Então, brasileiro não tem calma, esquece rápido, não adianta. O brasileiro esquece rápido. Se eu amanhã jogo bem, no outro jogo tenho que jogar melhor ainda, não adianta. Não vai mudar, vai ser assim.


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