Em entrevista leve e descontraída no “Flow Sport Club”, Rafael Sóbis, tetracampeão brasileiro e campeão carioca com o Fluminense em 2012, recordou histórias daquele ano no Tricolor e “mandou a real” sobre o que acontecia na ocasião.
Segundo o ex-atacante, o elenco pouco treinava, se reunia na “farra” e, mesmo com as condições precárias da estrutura do clube em Laranjeiras, ganhava os jogos, pavimentando o caminho rumo ao título nacional.
– A gente ganhava tudo, cara. Dava tudo certo. A gente nem treinava direito. Ali eu comecei a “desistir” um pouco do futebol, porque não tinha lógica (risos). Nas Laranjeiras, a gente treinava e não tinha nem grama. A gente tomava banho de cano. Treinando, passava gambá. O vestiário era desse tamanho (tamanho do estúdio). Imagina 50 pessoas? Tinha tudo para dar errado. A gente jogou em Volta Redonda, porque o Maracanã estava em obras. Então olha só que louco. Quando você sai do seu estádio, a tendência é o time sentir. O Fred fazia muito gol, a bola batia nele e gol. Foi um ano surreal. Fui muito feliz no Fluminense – disse ele, complementando:
– E o Abel era um gestor absurdo, né? O “véio” era fenômeno. Porque só tinha “bandido” naquele time. Bandido no bom sentido, claro. É que no futebol, os fins justificam os meios. Se tu ganha e faz festa é “uhul, isso aí”. Mas os dirigentes mais “raiz”, os caras bebiam junto com a gente. A gente fazia churrasco, festa e o time ganhando, ganhando, ganhando… – recordou.