A atual administração do Fluminense segue batendo o pé quanto a utilização das Laranjeiras para o time profissional. Sem permitir, sequer, que um estudo de viabilidade seja apresentado de forma oficial, o presidente Mário Bittencourt destacou inúmeras vezes as dificuldades em liberar o estádio. Entretanto, há uma carta na manga.
O grupo de conselheiros e sócios que estão por trás do projeto e o grupo de sócios-proprietários, que tiveram recusada uma carta enviada ao Conselho Deliberativo (CDel), podem se unir e elaborar estudos financeiros, além dos argumentos já utilizados, projetando investimentos que poderiam ser feitos com o que se perde com o Maracanã.
Para se ter um exemplo, a previsão de gastos nesta temporada, mesmo sem público, é de cerca de R$ 4 milhões. Os prejuízos se acumulavam em anos anteriores também. Mário, por sua vez, não autoriza que representantes do projeto falem pelo Fluminense.
Enquanto isto não ocorrer, o grupo não tem legitimidade para captar recursos para o Fluminense, muito menos representar o clube. E ainda não há como elaborar um estudo de viabilidade sem que tenha recursos para pagar o desenvolvimento do projeto. Daí vem o paradoxo: como evoluir e elaborar o projeto se não se pode captar recursos sem apresentar algo desenvolvido?