(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Por meio de seu Twitter, o jornalista Lucas Pedrosa explicou e detalhou a disparidade gigantesca das cotas do PPV entre Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. Segundo ele, por conta de uma cláusula, o Rubro-Negro embolsou uma quantia absurdamente maior que seus rivais. Entenda:

“A discrepância do PPV: o ano de 2022 marcará uma disparidade gigantesca entre Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco quando o assunto é direito de transmissão. O Fla vai ganhar, no mínimo, R$ 164M, valor três vezes maior do que a soma dos rivais do cariocas.

 
 
 

Segundo apurei, o Flamengo, por contrato, tem uma garantia mínima reajustada pela inflação. Caso não tivesse, ganharia R$ 79M pelo percentual de vendas (19% do total). Porém, com tal cláusula, vai chegar aos R$ 164M de ganho.

O que significa o “mínimo garantido”? Desde 2019, Flamengo e Corinthians têm esse item em contrato. Enquanto os outros times dependem da arrecadação anual dos pacotes para extrair suas porcentagens, o Rubro-Negro e o Timão independem disso e têm valores corrigidos pela inflação.

Tratando-se dos rivais cariocas, o Vasco ganhará R$ 27,2M, o Fluminense receberá R$ 13,9M e o Botafogo R$ 12,6M. Total: R$ 53,7M, quantia praticamente 3x menor do que os Rubro-Negros.

Na Série B, o Grêmio também tem o mínimo garantido em contrato e vale lembrar que alguns times poderiam ter optado por isso, mas preferiram fazer a antecipação de receitas e perderam esse direito.

A diferença de valores é assustadora e, com a tendência da diminuição da venda dos pacotes de PPV, os times que não possuem o mínimo garantido vão ganhar ainda menos, enquanto Flamengo e Corinthians seguirão ganhando o mínimo com correção.

Desequilíbrio financeiro, pelo menos até 2024 (último ano dos times com contrato com a Rede Globo), só aumentará. A criação da liga, em moldes mais justos, é urgente dentro do futebol brasileiro. Não por um clube ou outro. Mas como produto de potencial que é o futebol brasileiro“.