Em baixa no Fluminense nesta temporada e pouco utilizado pelo técnico Odair Hellmann, Paulo Henrique Ganso virou material de muita discussão interna. Pelo menos é que destaca o jornalista do portal “Esporte News Mundo”, Wilson Pimentel, ao enumerar situações que sinalizam que o clube deseja se livrar, o quanto antes do atleta.
Veja a matéria na íntegra:
Paulo Henrique Ganso está muito magoado com a diretoria do Fluminense. Afinal, existem pessoas que estão forçando sua saída do clube. O Fortaleza fez mesmo uma sondagem pelo jogador. A reação dos dirigentes nas Laranjeiras foi de grande entusiasmo. Admitem entre eles que o investimento se tornou em um dos maiores fracassos da história do clube.
Veio como grande reforço, com muita festa da torcida, chegou com status de craque e recebeu a camisa 10. Além disso, ganhou a missão de dar inteligência ao medíocre meio-campo tricolor para conduzir o Fluminense aos títulos. Ele, porém, acumulou lesões e teve rendimento abaixo da crítica.
Pedro Abad deixou uma herança maldita para Mário Bittencourt. O ex-presidente comprometeu muito dinheiro na sua chegada ao Fluminense. De janeiro do ano passado a fevereiro deste ano, pagou “apenas” R$ 300 mil por mês. Dessa forma, o clube já gastou R$ 2,5 milhões com os vencimentos de Ganso.
A quantia mais pesada no contrato começou a ser paga em março. São R$ 400 mil por mês. Além disso, o acordo prevê um gatilho em 2021. Outra em 2022. E a última, com possibilidade de extensão, em 2023. A coluna apurou que o Fluminense pode gastar mais de R$ 22 milhões até o final do vínculo.
Ou seja, o Fluminense está amarrado a um contrato pessimamente formulado pela antiga gestão. Ganso já percebeu o quanto os dirigentes o querem fora das Laranjeiras. Seu empresário, Giuseppe Dioguardi, sabe que a situação está insustentável. Não pode virar as costas para não desvalorizar ainda mais o seu jogador.
Dioguardi está encontrando dificuldade na busca de um clube estrangeiro que acredite em Ganso. Recentemente, o agente foi procurado por representantes de equipes da Arábia Saudita, China, Emirados Árabes, Japão e Qatar. Mas Ganso mandou avisa que não deseja ir atuar no futebol asiático. Ele ainda mantém as esperanças de voltar a jogar na Europa.
Odair Hellmann sabe que a diretoria deseja se livrar de Paulo Henrique Ganso. Mas internamente, diz ao jogador que vai apoiá-lo o quanto puder. Mas o treinador sofre para arrumar um espaço para ele no time. Está claro para o meia que existe uma corrente de que deseja vê-lo fora do clube. Ele é um jogador rejeitado publicamente pelos torcedores.
Os tricolores estão cansados da preguiça, falta de vontade e apatia de Ganso. Mário Bittencourt está se movimentando. Trabalha para consertar mais uma trapalhada de seu antecessor. Por isso, o mandatário tricolor tenta ser criativo no mercado. Ele busca um acordo para efetuar uma troca. Jogador por jogador. Mas ainda não apareceu um candidato.
O Fluminense quer um time mais jovem para disputar o Campeonato Brasileiro. Afinal, não é para passar sufoco na competição. A desconfiança em Ganso é imensa. O rendimento do jogador é baixo demais com o “projeto de camisa 10” da Seleção Brasileira. Falta tudo a ele: movimentação, vibração, arranque, velocidade, visão de jogo e explosão muscular.
Ganso se tornou um jogador burocrático. Se tornou especialista em passes para o lado e em fazer lançamentos improdutivos para os atacantes. É impressionante a decadência no seu futebol. Ele não tem o apoio das arquibancadas. Os dirigentes estão conscientes de que precisam se livrar dele.
Paulo Henrique Ganso é um dos maiores fracassos da história do Fluminense. Nenhuma empresa topou o projeto de pagar os salários desde que o jogador chegou nas Laranjeiras. Ele tem 58 partidas e cinco gols. O camisa 10 não chega aos pés de Carlos Alberto, Darío Conca, Deco e Thiago Neves.
Mesmo com inúmeras críticas da torcida, desconfianças dos dirigentes e sem mercado no futebol brasileiro, Ganso se recusa a ouvir ofertas dos clubes asiáticos. Ele quer voltar para a Europa. Por outro lado, também deseja dar a volta por cima nas Laranjeiras. Mas o seu fraco desempenho com a camisa tricolor não justifica sua permanência no Fluminense.