(Foto: Lucas Merçon/FFC)

Na tarde deste sábado, o Fluminense foi dominado pelo Flamengo e acabou derrotado por 3 a 0, no Maracanã, em jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor mostrou desatenção e desorganização, sendo presa fácil para o rival durante os 90 minutos. O jornalista Gilmar Ferreira, do Jornal Extra, fez duras críticas a atuação do time comandado por Marcelo Oliveira em publicação no blog “Futebol, coisa & tal…”.

Confira a publicação: 

 
 
 

“O Flamengo venceu bem o Fluminense, no Maracanã, em seu terceiro jogo sob o comando de Dorival Júnior: foi novamente por 3 a 0, como 3 a 0 havia sido na partida anterior sobre o Corinthians, na Arena Itaquera.

Sem dúvida, um motivo e tanto para renovar a crença no título Brasileiro.

Afinal, sob as orientações do novo treinador, o time acumulou sete pontos em três jogos, com média superior a dois pontos por rodada.

Mas antes de amaldiçoar Maurício Barbieri, demitido após a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, é impossível não lembrar que a média é a mesma dos três jogos do Brasileiro anteriores à saída do jovem treinador.

E é preciso destacar que os últimos três adversários (Bahia, Corinthians e Fluminense) foram oponentes encarados com as atenções divididas em duas competições, uma realidade que o Flamengo conhece muito bem.

Barbieri, convencido de que o Flamengo precisava injetar sangue novo no meio-campo, vinha tentando encaixar Willian Arão desde o 1 a 1 com o Vasco, e firmou-se com a providencial contusão de Diego.

Assim como Uribe, autor de dois gols no clássico, que chegou a passar uma semana em treinamentos, livre do joga-e-viaja dos demais jogadores, só retornando ao time na vitória sobre o Corinthians, na semana passada.

O tempo maior para treinamento e o desgaste menor com o fim das competições paralelas não diminui em nada o trabalho que Dorival Júnior pôde fazer nas duas últimas semanas.

Sem Diego, com Everton Ribeiro e Vitinho abertos nas pontas, e Arão e Paquetá mais próximos de Uribe, o Flamengo ganhou ofensividade – saindo definitivamente do improdutivo 4-1-4-1 para um eficiente 4-2-4.

Jogou como quis diante de um Fluminense sem criação no meio-campo, lento, apático, preguiçoso e medíocre em suas ideias, algo que não se via há tempos num clássico tão cheio de rivalidade.

Fez três gols, poderia ter feito mais, mas ainda assim deixou o campo sob aplausos, impressionando cerca de 50 mil pessoas presentes ao Maracanã.

Descansará por uma semana e no próximo jogo enfrenta o Paraná, lanterna do Brasileiro – antes de medir forças com o Palmeiras, por ora o seu maior rival.

Já é possível prever o desfecho?”