O Fluminense está na 18ª posição do Campeonato Brasileiro e, consequentemente, ameaçado de rebaixamento. Caso tal ameaça se torne realidade, o prejuízo financeiro para o clube será de, no mínimo, R$ 61 milhões. É o que aponta o jornalista Rodrigo Mattos em seu blog no portal Uol.
Neste ano, acabou a salvaguarda da Rede Globo pelos direitos de transmissão. Pelo acordo, qualquer agremiação na Série B tem direito à cota fixa da competição: R$ 6 milhões líquidos, mais R$ 2 milhões em logística. O contrato ainda prevê uma alternativa de abrir mão desta cota e ficar com os direitos sobre o pay-per-view. Todos podem fazer essa opção.
Para ver o que é mais vantajoso, um clube como o Flu tem de analisar a fatia de sua torcida no cadastro do pay-per-view e o valor arrecadado pela Globo (atualmente, gira em torno de R$ 550 milhões). Segundo a última pesquisa da Datafolha, os Tricolores correspondem a 1% da torcida nacional, mas a porção inclui 22% sem preferência. Então, arredondando, a estimativa é que os tricolores sejam 1,5%, o que daria R$ 8,25 milhões em ppv.
- Essa estimativa precisa ser conferida se bate com os cadastros em pay-per-view.
Na comparação, o analista destaca quanto o Fluminense recebe atualmente. A divisão atual na Série A é de 40% de maneira igual para todos os participantes, 30% dependendo da colocação no campeonato e outros 30% pela exibição dos jogos na TV. Todos recebem, no mínimo, R$ 22 milhões.
O Fluminense, no primeiro turno, teve oito jogos exibidos em TV aberta ou fechada. Caso repita tal número no segundo, fica com R$ 17,2 milhões. Uma eventual 16ª posição e consequente fuga do rebaixamento representaria R$ 11 milhões.
Portanto, caso caia, perde no mínimo R$ 50 milhões em cota de TV para 2020 e os R$ 11 milhões da primeira posição acima da zona de rebaixamento. Totalizando o prejuízo a partir de R$ 61 milhões.
Até o meio deste ano, o Fluminense arrecadou R$ 43 milhões em cotas de TV e R$ 113 milhões em 2018.