(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Paulo Guedes, ministro da economia, causou um burburinho entre torcedores nas redes sociais ao afirmar que investidores árabes teriam manifestado a intenção em investir ou até mesmo comprar clubes brasileiros. Confira a declaração do político, sem dizer quais times serão comprados:

— Eles anunciaram: “calma, nós vamos comprar dois times; estamos examinando e vamos comprar dois times”. Eles vêm aí com os investimentos. Isso ontem e anteontem na viagem — disse Guedes.

 
 
 

Com isso, o Jornal “O Globo” fez uma lista de clubes que poderiam facilitar a entrada de investidores estrangeiros e que já se movimentam para virarem clube-empresa, assim como aconteceu com o Red Bull Bragantino. A matéria lista alguns clubes, mas o Fluminense não é citado.

Segundo o veículo, os principais candidatos são Botafogo, Cruzeiro e América-MG, que já aprovaram a regulamentação do modelo de clube-empresa. Além desses, Vasco e Atlético-GO também planejam abrir as portas para investimentos de fora, com vendas de ações, por exemplo. Até o Cuiabá é citado como um potencial clube aberto às discussões.

Embora seja um desejo de muitos torcedores tricolores que isso aconteça no Fluminense, Mário Bittencourt, presidente do clube verde, branco e grená, já admitiu em mais de uma oportunidade, em entrevistas recentes, ser contra esse modelo. Relembre a declaração:

— Não é uma discussão simplista, é perigosa em vários sentidos. A lei que deve entrar em vigor vai determinar a transformação até o final de 2020, e eu afirmo que os clubes não estão preparados. E acho que aqueles que vão virar precisam ter assinado que alguém vai entrar com dinheiro. Sou um estudioso da matéria, participei inclusive da elaboração de alguns artigos da parte trabalhista que ali estão. Acho que a lei é válida, estão se criando alguns benefícios que a Lei Pelé não tem para o clube fazer a migração. No futuro precisará ter uma extensão de prazo. Imagina, fazer isso em 12 meses, é algo perigoso. Não pode confundir palavra empresa com gestão. Há vários clubes no Brasil que não são empresas e têm ótima gestão. Por isso estamos implementando no Fluminense regras empresariais, tentando manter as coisas em dia, ter austeridade… Isso já é uma cultura para quem olhar de fora falar: “Posso colocar dinheiro ali, os caras não vão torrar”. Posso garantir que quando a lei entrar em vigor, talvez 15%, 20% se transformem imediatamente em empresa, o resto não vai – disse o mandatário em entrevista no ano passado.