A diretoria do Fluminense ainda não bateu o martelo de quem comandará o time na sequência do ano. Interinamente, Marcão foi o técnico diante do Grêmio, domingo passado, no Maracanã, venceu por 2 a 1, e, por enquanto, segue para a próxima rodada do Campeonato Brasileiro, frente ao Botafogo. O ex-volante aparece como uma solução caseira no clube. Outros nomes também estão cotados. São os casos de Lisca, Zé Ricardo e Mauricio Barbieri. O jornal Lance destrinchou um pouco do perfil de cada concorrente.
Confira a análise feita pela publicação!
Zé Ricardo, o sereno
O carioca Zé Ricardo já foi demitido do Flamengo, Botafogo e Fortaleza. Viveu um bom momento em 2017, com a conquista do título estadual pelo Rubro-Negro e a classificação do Vasco para a Libertadores. Dirigiu ainda Botafogo, mas acabou demitido após a eliminação para o Juventude na Copa do Brasil. Foi contratado pelo Fortaleza no dia 12 de agosto, no lugar de Rogério Ceni, que foi para o Cruzeiro. A passagem pelo Leão do Pici, no entanto, durou muito pouco, chegando ao fim na última sexta-feira.
Zé Ricardo é conhecido por ser um estudioso do futebol e pela filosofia ofensiva de manter a posse de bola e o controle das ações nos jogos. A serenidade e a educação são outros traços do perfil sempre elogiados. Tem a preferência do presidente tricolor Mário Bittencourt, por fazer parte da “nova geração”.
Lisca Doido, o motivador
Responsável por salvar o Ceará do rebaixamento, em 2018, Lisca doido é conhecido pelo perfil motivador e de salvador da pátria, mas não costuma passar muito tempo no comando dos clubes. O gaúcho é admirado por torcedores de todo o Brasil pelo estilo brincalhão e de aproximação com o público. Ao mesmo tempo, coleciona desafetos e polêmicas ao longo da carreira, em clubes como Grêmio, Paraná, Criciúma, Náutico, Sampaio Corrêa, Juventude e Ceará. É o nome preferido do vice-presidente do Flu, Celso Barros.
Mauricio Barbieri, o estudioso
Mais um representante da chamada “nova geração”, Maurício Barbieri é conhecido pelo perfil de estudioso, por não ficar preso a um único sistema tático e gostar de fazer testes com as peças que tem à mão. A pouca idade do técnico, que tem apenas 38 anos, é, no entanto, vista como um problema nos momentos de crise. No Flamengo, não aguentou a pressão por resultados, quando deixou escapar a liderança do Brasileiro do ano passado. Também não teve um bom desempenho no comando do Desportiva Brasil (SP), Guarani, América-MG e Goiás. Em campo, gosta de equipes que mantenham a posse de bola e proponham ofensividade. Tem a preferência dos conselheiros do clube das Laranjeiras.
Marcão, o parceiro
Marco Aurélio de Oliveira, mais conhecido como Marcão, comandou o Fluminense pela segunda vez como interino em 2019. O ex-volante de 47 anos deu nova cara à equipe que venceu o Grêmio por 2 a 1, no último domingo, no Maracanã e saiu de campo aclamado pela arquibancada. Marcão tem pouca experiência como treinador. Assumiu o tricolor apenas quatro vezes, sempre para tapar buracos e soma três vitórias, três empates e duas derrotas. Além de já ter caído no gosto da torcida teria a preferência dos jogadores pela boa relação com o grupo, pela identificação com o clube e pelo fato de ter encerrado a carreira de atleta há pouco tempo.