O ano de 2020 foi de dificuldades para todos. Neste contexto, o jornal O Globo publicou como Fluminense e Flamengo conseguiram sustentar a gestão durante a temporada marcada pela pandemia do novo coronavírus. Até o momento foram 40 jogos e faltam dois (um de cada time). A maioria sem público.
Apesar dos portões fechados, não foi necessário injetar dinheiro adicional. A empresa criada pela dupla não mistura o dinheiro com os caixas dos clubes. O valor só será sacado quando e se a permissão do Governo do Estado acabar. Aí será dividido meio a meio.
O estádio não arrecada com bilheteria diretamente. As agremiações arcam com despesas do borderô, como aluguel e contas de consumo. Os camarotes foram a principal fonte de receita até março. Cerca de 70%. Os demais 30% eram de patrocínios.
Tais camarotes foram comprados em novembro, mas as parcelas mensais foram interrompidas com o fechamento dos portões. Quem comprou neste ano, terá preferência no próximo ou quando o público voltar. Em 20 partidas na temporada com público, foram ao Maracanã 681.855 pessoas.
O custo do estádio caiu. Até março, o gasto mensal era na casa dos R$ 2 milhões. Houve redução de cerca de 30%. A conta de luz ainda é uma dor de cabeça. A concessionária anterior gastava R$ 1 milhão mensalmente e a atual, R$ 600 mil. Consertos nas placas de energia solar na cobertura permitiram tal economia.
— Como 2019 foi bom para o Flamengo, isso ajudou a gerar uma receita boa para o Maracanã. Vendemos todos os camarotes para 2020. Conseguimos ter caixa para começar bem o ano. Em março, tivemos que fechar o estádio e estávamos com uma gordurinha. O caixa foi só baixando. Quando parou tudo, a gente fez as contas. Daria para aguentar até o fim do ano. O aluguel e as contas de consumo ajudam no meu bolo — explicou Severiano Braga, CEO do Maracanã.