Tanto Renê, ao cruzar, quanto Gabriel Xavier, no momento do cabeceio, estavam livres no gol que tirou o zero do placar na Ilha do Retiro. O lance aconteceu menos de um minuto depois de Levir Culpi substituir Edson por Dudu, a sete minutos do fim do primeiro tempo. O Fluminense era ligeiramente melhor a esta altura. O branco da paz (e de seu belo uniforme) acometeu a equipe tricolor no lance fatal.
Como também acometeria quase todo o sistema defensivo na jogada derradeira da partida, que levou os torcedores do Flu à loucura. Giovanni, Gum e Henrique conseguiram falhar no mesmo lance, ao deixar o ex-tricolor Diego Souza, mesmo sem muita velocidade, avançar por toda a intermediária sem ser contido – apesar das tentativas fracassadas do trio – até conseguir tocar por debaixo de Diego Cavalieri.
Antes, Cavalieri e Henrique já haviam batido cabeça numa saída de bola errada, em que o goleiro tocou com os pés para frente. Nesta, o travessão salvou a dupla, depois que o mesmo Diego Souza cabeceou para o chão.
Com tantos erros em série assim, não foi de se estranhar que o Fluminense tivesse saído da Ilha do Retiro com a sua segunda derrota no Campeonato Brasileiro. Mesmo sem ser melhor, o ex-lanterna Sport foi mais objetivo e, sem culpa das pixotadas tricolores, aproveitou para espantar um pouco a crise que rondava a Ilha e acender a luz amarela nas Laranjeiras.
Com 128 finalizações, o Fluminense é o recordista entre os 20 times na competição. O problema está no aproveitamento, já que apenas oito gols foram marcados.
Magno marcou o gol tricolor e ainda chutou uma bola na trave. Mas não faz milagres. Estranho é que, mesmo sendo decisivo, Levir Culpi ainda prefira começar com ele no banco.
Idade não deveria ser critério, mas sim rendimento, eficiência, para definir os merecedores da condição de titular.
Levir sabe disso.
Apenas há de ter esquecido.
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Por razões profissionais, excepcionalmente a coluna de quinta passada, após Fluminense x Corinthians, não foi publicada.
Desculpo-me, certo de sua compreensão.
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