Também credor da União, o Flamengo conseguiu rapidamente um acordo para parcelar sua dívida junto à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e as Certidões Negativas de Débito (CND). O Fluminense, no entanto, não obteve sucesso na negociação. E Jackson Vasconcelos não tem a menor dúvida de que houve um tratamento diferenciado. De acordo com o diretor executivo geral tricolor, a dívida do rival era maior, as parcelas deles são menores que o Tricolor pagaria. Além disso, na mesa do procurador havia uma bandeira do Rubro-Negro vista pelo presidente Peter Siemsen.
– Houve (tratamento diferenciado). O motivo, se você consultar dez pessoas, serão 11 opiniões diferentes. É difícil de entender o que houve ali. O Fluminense propôs um acordo, devendo muito menos, e vinha pagando os impostos na gestão do Peter, tendo um valor menor a pagar. Concordou com a Receita Federal em pagar parcelas maiores que as do Flamengo (R$ 1,127 milhão mensais). A Receita negou. O que o procurador disse na última reunião é que discordava do fato de o Fluminense ter feito discussão judicial. Disse que houve interferência política no processo. Os motivos não são consistentes. Por que surgiu a questão do Flamengo? Ao contrário do que ele disse, o presidente do Fluminense viu em cima da mesa dele uma bandeira do Flamengo. Ele disse que era flamenguista. Há mil conjecturas a fazer, mas quando se olham os papéis, os processos, você fica estarrecido. O Flamengo, numa cronologia recorde, resolve tudo, tira a CND e assina contrato com a Caixa – acusou.