(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Tudo parecia bem depois da vitória do Fluminense sobre o Grêmio, que garantiu ao Time de Guerreiros três pontos de vantagem em relação ao último clube dentro da zona de rebaixamento. Entretanto, não foi isso que se configurou em seguida. Ao sair do Maracanã, João Pedro foi até à Tijuca, bairro ao lado, na Zona Norte do Rio, onde iria jantar com a família da namorada e seus pais, mas foi abordado por torcedores. O que seria uma cobrança inicial virou um tumulto de alguns minutos, sendo que um dos tricolores mais exaltados, como apurou o NETFLU, era o conselheiro eleito da chapa de Mário Bittencourt, Bruno Tarouca.

Filho do vice-presidente social do clube, Luciano Soares, Tarouca aparece no vídeo, com uma camisa do Vélez Sarsfield, da Argentina, discutindo com a mãe do João Pedro e um rapaz de jaqueta preta, sendo um dos mais exaltados na confusão.

 
 
 

Confira:

Tudo começou quando João Pedro deixou a família dentro do restaurante e foi até o carro para trocar de camisa. Quando chegou ao veículo, um grupo de torcedores resolveu lhe abordar de forma agressiva, reclamando do jogador estar saindo frequentemente durante a má fase do clube no Brasileiro, além de exigir que o atacante ‘corresse mais’.

O NETFLU procurou Bruno Tarouca para ouvir sua versão da história. Em resposta ao contato do site, ele disse que não houve agressões e que o fato fora resolvido no local:

– Após a partida do Fluminense no Maracanã, eu estava com alguns amigos confraternizando na Praça Varnhagen (local repleto de bares e restaurantes na Tijuca) quando fui surpreendido com o João Pedro saindo do carro na minha frente. Fui na direção dele para conversar e falei que ele não poderia ir a dois dias de Rock in Rio antes do jogo, pois não renderia 100%. Acredito que ele tenha se assustado com a quantidade de torcedores, ele com um tom de voz um pouco mais elevado deu início a uma breve discussão. Após isso a mãe dele, nervosa com a situação, saiu do carro, o que causou um pouco mais de estresse entre todos. Porém, logo após os ânimos se acalmaram, o mal entendido foi resolvido e ele seguiu para jantar com sua família em outro restaurante. Ressalto que não houve ameaça verbal, nem física ao João Pedro e a nenhum dos seus familiares – relatou.

O atleta chegou a se pronunciar sobre o caso por intermédio de sua assessoria:

“Estava indo jantar com a minha família e da minha namorada quando resolvi ir no carro pegar uma outra camisa para trocar pela que eu vestia, que era a de concentração do clube.

Quando entrei no carro para pegar a camisa, um torcedor veio falar comigo. Eu pedi para aguardar um instante que só iria pegar a blusa e voltaria. Eles aceitaram sem problemas, e quando eu voltei, um deles falou “po, tem que correr mais”. Respondi que eu jamais vou deixar de correr. Inclusive no jogo de hoje, aos 54 minutos do segundo tempo estava dando um pique pra marcar a saída de bola do zagueiro adversário.

Como os amigos dele viram que ele já estava um pouco alterado por causa de bebida alcoólica, chegaram perto para evitar qualquer problema. Meu padrasto e minha mãe viram a conversa e saíram para ver o que estava acontecendo. E foi só isso. Os torcedores saíram e eu e minha família fomos embora para outro restaurante.

Uma das coisas que eu mais me cobro é meu desempenho nos treinos e nos jogos. Jamais farei nada que possa interferir no meu rendimento. Não sou de sair a noite, de dormir tarde e muito menos de beber álcool e me alimentar mal. Fui no Rock in Rio porque era dois dias antes do jogo e não houve nenhum desgaste físico. Mas isso foi um episódio isolado. Tanto que meu desempenho físico na partida de hoje foi um dos melhores que eu tive no campeonato.

Estou 100% focado no clube, em tirar o Fluminense dessa zona perigosa que se encontra na tabela de classificação, para terminarmos o ano com motivos para comemorar. A torcida pode confiar em mim e em todo o nosso grupo, que trabalha incansavelmente para trazer as vitórias que precisamos”.