A Assembleia Geral Estatutária (AGE) sequer aconteceu e já enfrenta o seu primeiro processo. Sentindo-se lesados com a possibilidade de não terem direito ao voto numa antecipação das eleições, uma torcedora entrou com uma ação contra a convocação da AGE, programada para o dia 26 de janeiro, conforme ideia do presidente do Fluminense, Pedro Abad.

 
 
 

O portal NETFLU entrou em contato com um dos advogados por trás da ação, Ademar Arraes, sócio do Fluminense e que apoiou articulou a campanha de Celso Barros nas últimas eleições. Ele explicou um pouco mais da medida.

– Essa é a primeira de algumas medidas judiciais que serão tomadas. E não apenas em relação a AGE convocada para o dia 26/01/2019 – disse, frisando que a ação não possui ligação com grupos políticos.

– Não. Nesse caso específico estou atuando na condição de advogado pró-bono juntamente com o Dr. Bruno Freitas, um grande advogado e grande Tricolor também, representando uma associada, que assim como inúmeros outros, está tendo o seu direito de voto violado por mais uma irresponsabilidade e arbitrariedade do Presidente Pedro Abad.

Por fim, Ademar Arraes pontuou que não há nenhuma razão plausível para uma antecipação das eleições, reiterando a imparcialidade política da mesma.

– Isso não tem nenhuma relação com grupos políticos. O estatuto do clube prevê expressamente o procedimento para o caso de renúncia do Presidente e proíbe expressamente e peremptoriamente o que o Presidente Pedro Abad está tentando fazer.
Na verdade, o que está acontecendo é que mais uma vez as pessoas estão defendendo seus próprios interesses e deixando de lado os interesses institucionais e maiores do Fluminense. Presidente Pedro Abad sabe que não pode nem tem condições de continuar à frente do Clube e procura com essa manobra uma saída honrosa. Nenhuma razão justifica esse procedimento. A renuncia é um instrumento mais rápido e o único previsto estatutariamente. Se conseguirmos suspender essa absurda AGE e ele insistir nesse processo de destruição, apequenamento e inviabilização do Clube promoveremos outras medidas judiciais para uma intervenção judicial no Clube. Já estamos inclusive adotando algumas medidas preparatórias para isso, mas por enquanto vamos aguardar o posicionamento do Poder Judiciário sobre a convocação da AGE – disse.