Tinha tudo para ser uma noite especial para a torcida do Fluminense. Embalado por linda vitória diante do Atlético-MG, o Tricolor entrou em campo para enfrentar a Chapecoense com o Estádio Giulite Coutinho lotado. Porém, a equipe colocou tudo a perder. Depois de um bom início, foi derrotada de virada, mantendo a escrita de nunca ter vencido a Chape na história. Para piorar, vê ainda mais longe o G4 do Campeonato Brasileiro. Cícero fez para o Flu. Dener e Lourency marcaram para os catarinenses. Inacreditável. Inaceitável.
Pelo começo do jogo, parecia que o Fluminense venceria até com certa tranquilidade. A opção de Levir Culpi em lançar Marquinho no meio de campo deu a Gustavo Scarpa um companheiro com quem dividir a responsabilidade da criação das jogadas. A dobradinha, de cara, deu certo. Ambos fizeram tabelas e procuravam fazer o restante do time jogar.
Mais recuado, Cícero aproveitou cobrança de Scarpa para, de cabeça, abrir o marcador e fazer a alegria da torcida tricolor. A Chapecoense, muito retraída, pouco ameaçava. Exceto por um chute de fora da área de Josimar e que passou com certo perigo, o time de Santa Catarina parecia um adversário inofensivo. O Flu, também em finalizações de fora da área com Cícero e Marquinho e numa cabeçada de William Matheus bem defendida pelo goleiro Danilo, ficou perto do segundo gol. Os minutos finais do primeiro tempo, no entanto, foram de monotonia com um desinteresse total dos dois times.
Para tentar curar o sono do time tricolor, Levir Culpi sacou Magno Alves, apagadíssimo na etapa inicial, e voltou com Maranhão. Outra alteração, essa forçada, foi a entrada de Ayrton no lugar de William Matheus, que havia acusado dores na coxa esquerda ainda no primeiro tempo. Mas quem acordou mesmo foi a Chapecoense. Numa trama envolvente em contra-ataque, o lateral-esquerdo Dener recebeu de Tiaguinho e bateu cruzado, sem chances para Júlio César, deixando tudo igual.
Com o empate da Chapecoense, a situação se complicou um bocado. O time catarinense se fechou ainda mais e o Fluminense não conseguia encontrar espaços no ataque. Para tentar dar poder de fogo à equipe, Levir apostou tudo na entrada de Henrique Dourado no lugar de Marquinho. Por mais que o meia já demonstrasse algum cansaço, a substituição foi um tiro no pé, deixando o Tricolor com menos capacidade criativa.
Se o empate já estava ruim, imaginem perder? E era isso que o outrora time de guerreiros, mas agora time de pipoqueiros, aprontou para os tricolores que reservaram seu tempo para ir a Edson Passos. Já no fim da partida, após cobrança de escanteio, Lourency aproveitou o desvio no primeiro pau e mandou para dentro, praticamente sepultando as esperanças tricolores de ir à Libertadores via Brasileirão. No próximo domingo, o Fluminense enfrenta o Grêmio, no Rio Grande do Sul.
O Fluminense jogou com: Júlio César, Wellington Silva, Gum, Henrique e William Matheus (Ayrton); Douglas, Cícero, Gustavo Scarpa, Marquinho (Henrique Dourado) e Marcos Junior; Magno Alves (Maranhão).