(Foto: Reprodução/Charla Podcast/YouTube)

O ex-volante do Fluminense nas temporadas de 2020 e 2021, Hudson, participou de uma entrevista no “Charla Podcast”, onde justificou o motivo de ter processado o Tricolor ao cobrar uma quantia de quase R$ 1,5 milhão ao pedir reconhecimento de acidente de trabalho (considerado improcedente pela Justiça no ano passado). Além disso, o ex-atleta também culpa o clube da Laranjeiras por ter encerrado a sua carreira precocemente. Segundo ele, o clube deveria ter colocado ele para jogar dois jogos no Carioca com o time alternativo para o mercado ver que estava recuperado. Leia a fala completa de Hudson na íntegra abaixo:

– Realizei um sonho de jogar no Fluminense, que eu tinha um sonho de jogar no Rio de Janeiro. Sou de Juiz de Fora e tem essa ligação com o Rio. E aí eu jogo no Fluminense, faço gol no Maracanã, que eu até não tinha gol na carreira. Sou campeão pelo Fluminense, mesmo que seja uma taça Rio. A gente foi campeão em cima do Flamengo e eu tenho um ano bom. Um ano de pandemia, faço 43 jogos. Se você pensar que ficamos três meses parados, é um bom número. Eu era capitão da equipe. Aí o meu empréstimo acaba, eu fico um impasse entre o São Paulo, me querer de volta, e o Fluminense querer ficar comigo – disse, continuando:

 
 
 

– Aí quem tava assumindo o São Paulo era o Crespo. O Crespo quis que eu ficasse lá duas semanas com eles. Aí eu fui pra São Paulo e aí não fico, o Crespo não quer me aproveitar e o Fluminense, com interesse, quer renovar. Nesse momento já tem uma pequena rejeição da torcida (do Fluminense) com a minha volta porque o André já estava performando, o Martinelli também, então eles não viam tanta necessidade, também tinham contratado o Wellington na época e eles não viam tanta necessidade de ter o Hudson no elenco, mais o torcedor. O (Paulo) Angioni e o Mário (Bittencourt) na época, eles acreditaram que o Hudson tinha sido importante no ano anterior e que iriam me dar mais um ano. E no segundo jogo meu na temporada, que é a semifinal do Carioca, eu rompo o cruzado. Então assim, a visão que eu tenho é que a torcida falou que o cara veio aqui, não era pra ele ter vindo, machucou, levou o dinheiro do Fluminense, que apesar que não era o Fluminense que me pagava, era o São Paulo, e  gerou um mal visto, uma persona non grata. (…) E aí quando eu saio do Fluminense eu tenho muita convicção que eu vou voltar a jogar bola, independente se eu não não voltar a jogar pelo Fluminense. Só que realmente o mercado se fecha e não se tem oportunidades pro Hudson – prosseguiu o ex-volante:

– Sou procurado por quatro advogados diferentes logo após eu decidi terminar a carreira, porque realmente eu via que não tinha como mais continuar,  que me falam que eu tenho que procurar os meus direitos, que eu tinha direito à estabilidade contratual, que é quando você tem uma lesão e de acordo com a CLT você tem que ter 12 meses de contrato, mas assim, sinceramente, o Fluminense não precisava ter me dado 12 meses de contrato. Ele podia ter me dado 2 meses, deixado eu jogar dois jogos no Carioca, com o time alternativo, nessa volta. O mercado ia ver que eu realmente tinha recuperado, como eu acredito que eu tinha e o mercado ia se abrir de novo pra mim, porque é muito estranho o jogador tá no Fluminense,  classificado para a Libertadores, o time estava bem, estava jogando, e realmente o Hudson não servir mais pra nenhum clube dos 40 da (Série) A e B – comentou e ainda continuou dizendo:

– E aí eu realmente acho que o Fluminense teve um fator consideravelmente importante na minha aposentadoria precoce por causa dessa questão. Mesmo que assim “Ah, Hudson, a gente (Fluminense) vai te colocar  aqui só pra você voltar mesmo e depois vou te liberar. Em outubro, o Angioni me chama e fala: “Ah, Hudson, a gente já não vai contar com você”. Em outubro nem correr direito eu conseguia correr ainda, mas, assim, é uma opção no clube. Ele tem todo o direito de querer ou não ficar com o jogador, mas eu me senti, ao longo do tempo, que a minha minha carreira foi abreviada muito por causa dessa não oportunidade, entendeu? – finalizou.