Preud'homme chegou a vir para o Brasil fechar com o Fluminense, mas não foi liberado pelo Benfica

Eleito melhor goleiro da Copa do Mundo de 1994, o belga Michel Preud’homme por pouco não jogou pelo Fluminense em 1999. À época, o vice-presidente de futebol Francisco Horta via no astro o nome para ser seu “novo Rivellino” no clube. O Tricolor passava por momentos complicados e iria jogar a Série C do Campeonato Brasileiro.

Mesmo aos 39 anos, Michel Preud’homme contava com a confiança de Horta. O goleiro chegou a vir ao Rio de Janeiro para acertar e deu entrevistas elogiando a cidade e falando sobre a possibilidade de defender o Fluminense. Porém, seu clube à época, o Benfica, de Portugal, não liberou a transferência. Os dirigentes ficaram irritados com a negociação feita sem consulta e viagem do atleta ao Brasil sem autorização. Ameaçaram até levar o caso à Fifa, caso ele acertasse com o Tricolor das Laranjeiras.

 
 
 

– Foi ele que não pôde ficar aqui por causa de uma proposta superior na Europa. Foi meramente questão financeira. Depois não tentamos, ele estava muito velho, tinha que ser naquele momento ou nunca mais. Não fiquei frustrado na época. Se viesse seria uma atração a mais, mas o objetivo foi alcançado, que era voltar para a Série A – recorda Francisco Horta.

Preud’homme chegaria para assinar por dois anos com um salário, à época, de R$ 60 mil. Técnico do time naquele ano, Carlos Alberto Parreira nem sequer chegou a encontrar o goleiro, pois estava em Valença comandando a pré-temporada da equipe.

– Lembro do fato, mas não sei porque não caminhou. O Horta era muito hábil nas negociações, nem lembrava que ele tinha vindo ao Rio. No futebol não adianta ficar antecipando situações, então não criei expectativa. Mas ele teria dado certo (no Fluminense), a gente precisava de ídolo, de nome, e ele era um senhor goleiro.

Após a negociação frustrada com o Fluminense, Preud’homme retornou a Portugal e no mesmo ano se aposentou dos gramados para dar início à carreira de treinador.