Quando entregou o cargo no Fluminense, Abel Braga anunciou que não trabalharia mais como técnico no Brasil (pode exercer a função de treinador fora do país ou, por aqui, assumir outros cargos de diretoria). Em entrevista à Flu TV, afirmou que a decisão não foi difícil.
De acordo com o ex-treinador, o que conquistou de mais importante com o futebol não se traduz em números ou dinheiro. O reconhecimento, como o nome dado ao campo 2 do CT Carlos Castilho, faz parte do valor inestimável do trabalho.
— Agora. Não foi tão difícil. A coisa mais importante que consegui no futebol não tem valor, ou se tiver valor, é inestimável. São as amizades que fiz nesses anos de futebol. Isso não tem preço. Você fica cinco anos sem falar com uma pessoa, daqui a pouco chega uma mensagem. Isso vale tudo para mim. O futebol me colocou num lado de instabilidade muito bom do lado financeiro, nunca fui gastador, de desperdiçar. Nunca tive esse “defeitinho” que muito jogador tem, de no primeiro salário comprar carro. Meu negócio era guardar. Não tem nada mais legal e bonito que o reconhecimento. Bom que tenho esse reconhecimento de tudo que o clube fez por mim. O clube também me reconhece – disse.
Como técnico, Abel Braga teve quatro passagens pelo Fluminense. É o segundo com mais jogos à frente do Tricolor, com 354, atrás apenas de Zezé Moreira, que teve 474. O Abelão foi tricampeão carioca (2005, 2012 e 2022) e campeão brasileiro (2012) pelo Fluzão.