Hoje titular de um dos maiores clubes do futebol brasileiro, Edson já passou por muitas dificuldades até chegar ao Fluminense. Em sua infância, em Touros, Natal, o volante confessa que precisou trabalhar para ajudar a família.
– Eu sempre ajudei de tudo um pouco. Já trabalhei em fazenda, padaria, como ajudante de pedreiro… Logo antes de eu ir para o ABC, estava na padaria. Ajudava a ensacar bolachas, essas coisas… Era moleque, não ganhava praticamente nada. Depois surgiu o convite para fazer o teste no ABC. Fiz, passei e fiquei. Mas acho que tive uma boa infância, guardo até hoje os amigos daquela época. Lá na minha cidade me sinto bem. Sei que nunca vão me abandonar, eles me admiram muito – disse.
Fora isso, Edson também teve de enfrentar outros problemas. No seu bairro havia muitos problemas sociais.
– O bairro que eu morava tinha violência e sofria muito preconceito também. Até hoje amigos meus são envolvidos com drogas. Falo sem medo nenhum. Até um irmão meu é envolvido, mas nunca precisou roubar ou enganar ninguém. Trabalha e sustenta o vício. As pessoas tinham receio de andar lá onde morávamos, mas depois ficavam com uma impressão melhor. Os meus amigos são os mesmos de antes, independente se são viciados ou não. Para mim não importa. Não é porque uma pessoa faz mal para ela mesmo que deve ser abandonada. Quando vou lá, faço questão que todos estejam presentes – revelou.