Com dois blocos distintos, os bastidores do futebol brasileiro mostram um clima quente. Informa o jornalista Danilo Lavieri, em sua coluna no site Uol, que representantes da Libra fizeram uma notificação extrajudicial com questionamentos à Liga Forte Futebol (LFU), da qual faz parte o Fluminense. O grupo rival indica um suposto uso indevido de marca. Tal irregularidade estaria sendo cometida em materiais usados na prospecção de mercado na venda de direitos de transmissão do Brasileiro a partir de 2025.
Além do Fluminense, a LFU conta também com clubes como Corinthians, Internacional, Fortaleza, Athletico, Vasco, Botafogo e Cruzeiro. A Libra promete acionar judicialmente a LiveMode, empresa responsável pela negociação em nome do bloco, caso o pedido da notificação não for atendido. O grupo oponente também faz cobranças à CBF, que recebeu um outro documento.
No material entregue no dia 15 de agosto para as duas partes e também usado pela Livemode nas apresentações por empresas interessadas, há fotos e usos do símbolo de todos os participantes do Brasileiro e não só os da LFU. Há, por exemplo, imagem de Hulk com a camisa do Atlético-MG, clube que faz parte da Libra.
“Ao fazer o uso indevido das marcas e direitos dos Notificantes, valendo-se ilegalmente da projeção destes por meio do falseamento de suposta relação entre as Partes, V.Sas. violam a legislação vigente e atraem prejuízo aos investimentos feitos pelos Notificantes em suas respectivas estratégias comerciais, além de se beneficiarem às suas expensas sem autorização”, afirma o documento.
“Veja-se que estes jamais optaram por se associar às empresas Notificadas, entretanto, têm a sua imagem e demais sinais distintivos maliciosamente reproduzidos com exacerbada proeminência, causando a falsa impressão no receptor da Apresentação Comercial de que os Notificantes”, completa.
Na notificação extrajudicial há pedido para todos os que tiveram contato com a apresentação sejam avisados que a LFU não tem direito de negociar pelos clubes da Libra e para pararem de usar a marca em até 24 horas do recebimento do documento. Caso não sejam atendidos, podem acionar a Justiça.
Já no questionamento feito à CBF a Libre quer saber se houve por parte da entidade e liberação à LiveMode para uso das marcas dos clubes e também se emitiu procuração para a agência vender propriedades que atualmente pertencem exclusivamente à confederação.