Grupo político apoiador de Peter Siemsen em suas duas eleições no Fluminense, o Flusocio publicou recentemente em seu blog um texto polêmico. Mesmo concordando com a demissão de Enderson Moreira, o Flusocio pede também o afastamento das “laranjas podres” do elenco.
Na publicação, o grupo, sem citar nomes, afirma ter no grupo jogadores não comprometidos com o Fluminense. Uma determinada passagem dá a entender que Antônio Carlos, por seu erro contra o Palmeiras, é um dos alvos.
Veja a postagem na íntegra e tire suas conclusões:
“Fora com as laranjas podres!
Hoje em dia, muito se fala sobre profissionalismo. Direitos geram deveres e necessidade de alto rendimento, mas é muito comum vermos os jogadores que entendem profissionalismo apenas como receber em dia e ser o escolhido como titular pelo Professor.
Enderson Moreira foi demitido. Sem dúvida isso era necessário. Mas ontem ficou bem claro que não é apenas isso. O time vinha bem ajustado em campo, dominando a partida até o penalti perdido por Fred, que é ídolo mas também falha. Depois disso, como num passe de mágica, tudo mudou.
Mas o time que estava em campo ontem era bastante cascudo. Como novatos tínhamos apenas Marcos Junior (nem tanto), Leo Pelé (que fez boa partida) e Marlon (outro que foi bem). Difícil acreditar em descontrole emocional. O que vimos foram atletas se escondendo no meio campo e três gols sendo entregues de bandeja ao adversário, com omissão dos mesmos jogadores em vários deles.
Trocar treinador que perdeu o comando é apenas o primeiro passo, mas detectar sacanagem contra a camisa do Fluminense tem que acontecer de forma simultânea, caso contrário, teremos outros treinadores sendo minados e provavelmente um rebaixamento.
Que se afaste as laranjas podres deste elenco, com os devidos cuidados judiciais e trabalhistas, e que já seja passada esta realidade ao novo treinador. Mil vezes melhor um jogador menos experiente e empenhado do que algumas “piranhas velhas” entregando o ouro em campo.
Como exemplo de laranja podre podemos citar jogador que usa torcedores para espalhar mensagens de véspera contra desafetos, mas fica parado para o ataque adversário concluir a jogada em gol sem ser incomodado, logo depois comete falha grotesca e fica parado longe da jogada, sem buscar ajudar seus companheiros a evitar o gol.
Receber salários na casa de seis dígitos e se comportar dessa maneira, ainda mais levando em conta o contexto social do país, é inacreditável. Neste caso, mais inacreditável ainda pela história passada que se tem no Clube.
Atrasos de direitos de imagem de fato existem, mas são pequenos e acontecem em quase todos os clubes, inclusive nos líderes do campeonato. E todos os atletas já sabem que a Frescatto só chegou ao Fluminense para bancar os direitos de imagem do atacante Fred, por ser um atleta de repercussão internacional e um ídolo do Clube. Se não fosse o Fred, não haveria Frescatto no Flu, por isso seus direitos de imagem são garantidos, simples assim! É informação de conhecimento público desde janeiro/2015.
Nós sabemos que o problema atual não é dinheiro mas sim a conduta de alguns jogadores que trabalham sem cerimônia para minar o trabalho de treinadores e também a liderança de outros atletas, de maior história, que tem questionado internamente a conduta inaceitável com a camisa do Fluminense.
Profissionalismo não é isso. E ser titular não está escrito em contrato algum, de atleta algum. Que o novo treinador seja orientado nesse sentido desde o início e tenha respaldo para afastar de imediato quem quer que seja. É tarefa primária do comando do futebol detectar as laranjas podres e afastá-las sumariamente, como ocorreu em 2009 e nas rodadas finais de 2013.
Chega de sacanagem com a camisa do Flu!”