A Flusócio, maior grupo político do Fluminense, completa 14 anos em 2017 e rendeu uma reportagem do site Lancenet sobre sua história. Em entrevista ao portal, um dos fundadores, Casoba, ressalta a defesa institucional feita por membros da Flusócio, que elegeu o presidente Pedro Abad em novembro passado.

– Iniciamos numa época sombria do Fluminense, em que toda torcida percebeu uma trajetória perigosa. Parecia estar se apequenando. Nós pensamos em fazer algo pra ajudar o clube. Vi que não estávamos sozinhos. Pra nossa grata surpresa tinha mais gente com aquele mesmo objetivo. Defendemos o clube de calúnias, de ataques de membros da imprensa. Muitas vezes o clube não se defendia. Quando Horcades era presidente, Peter falou que nós, sim, fazíamos a defesa institucional. No caso da Portuguesa, em 2013, fomos esculhambados e o Flu ficou calado naquela ocasião – destacou Casoba.

 
 
 

Confira abaixo, na íntegra, a entrevista com um dos criadores do grupo:

Você acredita, então, que a Flusócio é um porta-voz dos torcedores dentro do próprio clube? Por isso se envolveram na história do rebaixamento da Lusa?

Em muitas vezes, sim, fizemos papel de porta-voz do clube e até da torcida. Em 2013, quando bloquearam todas as receitas, a Flusócio que fazia a defesa rigorosa. No caso da Portuguesa, achei que faltou postura. Não só eu, mas como todo mundo. Houve um bullying nacional e o Fluminense ficou calado. Um absurdo.

​O Fluminense tem 33 mil sócios – é apenas o 11º no ranking nacional. No entanto, tem mais sócios que Botafogo e Vasco. Vê esse número com bons olhos?

– Estamos em um processo, em um caminho. É melhor do que já foi mas ainda é pouco. O que está atrapalhando é a falta de estádio. Maracanã fecha para o Pan, para Copa, para as Olimpíadas. Esse é o problema, falta de estádio. Os times que estão muito bem em sócio-futebol são os que têm estádio. Um case de sucesso é o Cruzeiro, que joga no Mineirão e tem bons números (São 50.816 sócios, o 9º do ranking)

Ao LANCE!, Abad disse durante campanha do ano passado que pretendia construir um estádio para o Fluminense. Acha que é possível?

– A ideia do estádio está viva. Vejo um Abad com vontade, sim, de ter uma casa. Só que ele entra no clube e depara com uma série de outras prioridades. Precisa atacar as coisas mais urgentes primeiro, mas, acredito, sim.

O que os torcedores – e sócios – podem esperar dos próximos anos da Flusócio? Como pretendem ajudar o Fluminense?

Somos o maior grupo político tricolor e nosso objetivo é continuar trabalhando para que o torcedor venha pra dentro do clube. Queremos cidadãos tricolores, para consumir o Fluminense. Jamais usamos. Aqui tem médicos, advogados, engenheiros… Ninguém teve emprego do Fluminense. Crescemos dessa forma, sem interesses próprios e a única coisa que a gente quer é contar essa história, para que daqui a 15 anos, crianças se tornem torcedores do clube. Queremos construir essa identificação eternamente.