O grupo político Tricolor de Coração, de oposição, fez postagem em sua página na internet enumerando a série de fracassos da atual gestão do Fluminense, comandada por Pedro Abad, mas com o auxílio dos grupos Flusócio, Vanguarda, MR21 e peças como Cacá Cardoso e Diogo Bueno.
Na publicação, atenta-se para o ambiente tumultuado no clube, os maus resultados e o fraquíssimo elenco do Fluminense no futebol, além da falta de transparência em casos como reuniões fechadas do Conselho Deliberativo.
Confira a íntegra:
“Uma sequência de fracassos
Passados 16 meses da administração Peter/Abad/Flusócio/Cacá Cardoso/Buenos/Vanguarda/MR21 temos uma sequência de fracassos:
Esportivamente
Não há absolutamente nada que se salve no futebol do Fluminense dessa sequência de fracassos. Temos um time fraco e um elenco lamentável. Raros são os atletas que têm as mínimas condições de vestir a camisa de uma instituição centenária como a nossa. Já a gestão do futebol é ainda pior. O amadorismo é assustador, capaz de fazer com que alguns tricolores imaginem que não seja apenas incompetência.
Nós ainda acreditamos que seja apenas isso. Mas estamos vigilantes. Fato é que temos um VP de Futebol dentista e mudo. Temos um gerente de base fantasma. Temos um diretor executivo “Rolando Lero” que faz questão de dizer que não participa das negociações e um treinador que nada mais é que um escudo de uma diretoria omissa e incapaz.
Exigimos mudanças e contratações. O Campeonato Brasileiro começa em menos de 01 mês, exatamente no dia 14 de abril, e se continuarmos nessa pasmaceira e inoperância só nos restará torcer mais uma vez pelos 47 pontos (exatamente como em 2017).
Politicamente
Um caos.
Obviamente isso já era esperado, pois uma “união” de forças visando apenas evitar que a chapa Mário Bittencourt e Ricardo Tenório saísse vitoriosa, certamente daria nisso que estamos vendo agora. A colcha de retalhos formada no final de 2016 já rasgou inteira. Onde não existe unidade de ideias e de filosofia, a guerra é questão de tempo, pouco tempo… E as disputas internas por cargos e poder, assim como ocorre na nojenta política nacional, não param. Acordos são feitos, notícias plantadas na imprensa, vazamentos, tudo para “vencer” o “outro lado”, mesmo todos sendo membros de uma mesma gestão. O importante para os atuais “gestores” é isso, ou seja, querem se manter no poder de qualquer jeito e querem afastar os “indesejados”, não se importando se estes “indesejados” são o que de melhor o Fluminense poderia ter.
Importa salientar que os Conselhos Deliberativo e Fiscal não são órgãos independentes como deveriam ser, eis que na prática os mesmos são partes integrantes da gestão. E sequer há o cuidado de esconder isso, haja vista que é comum (aliás, desde a nefasta gestão passada) o emprego de frases e manifestações conjugadas na primeira pessoa do plural quando tais órgãos e vários de seus membros se manifestam.
Ou seja, não se fiscaliza nem se delibera nada com a isenção necessária, o que torna tais órgãos partícipes do caos e responsáveis por uma sequência de fracassos.
Destaque-se que hoje, na realidade, a Flusócio já está esfacelada e o Fluminense é comandado por pessoas que levaram a instituição para a terceira divisão, junto com pessoas que quase nos levaram para a segunda divisão em 2013. Qual a chance disso dar certo?
Administrativamente também uma sequência de fracassos.
Igualmente um caos.
O futebol do Fluminense corresponde por cerca de 93% das receitas da instituição, porém a opção da direção foi cortar 25% do INVESTIMENTO na sua atividade-fim.
Como aceitar ou concordar com isso? Qualquer estudante de administração do primeiro período sabe que o investimento deve ser feito onde se gera mais receita. Em qualquer empresa minimamente organizada funciona assim. Mas não no Fluminense, eis que aqui se investe prioritariamente onde se consegue mais apoio político. Fica claro que o objetivo é apenas a perpetuação no poder.
Não se pode mais acreditar em engodos como o da tal “austeridade financeira”.
Que austeridade é essa que gera passivos trabalhistas enormes, que contrata PJs como se compra bala no sinal, que gasta com Samorin de forma obscura, que paga por assessor especial da presidência, que sofre revelia em audiência judicial etc???
Não se pode mais acreditar nisso. Chega. Já basta todo o discurso que enganou os sócios e torcedores por muito tempo sobre supostas dívidas equacionadas.
O Fluminense não resistirá a mais 20 meses de desmandos de todos os que estão no poder atualmente.
Hoje somos um clube sem nada. Sem time competitivo, sem dinheiro, sem gestão, sem austeridade, sem estádio, sem um programa de sócio futebol decente, sem receita, sem transparência, sem grandes revelações, sem credibilidade, sem respeito e sem motivos para que nossa torcida se orgulhe. Perdemos a dignidade, perdemos a esperança, perdemos o tesão e perdemos a autoestima dos tricolores. Acompanhamos, tristemente, uma sequência de fracassos. E onde não há esperança, nasce o desânimo, a indiferença, o distanciamento e o apequenamento do clube.
Por um gesto de grandeza
Imploramos aos que estão no poder que, num gesto mínimo de grandeza e de amor ao tricolor, assumam a sua incompetência e saiam. Pelo bem da instituição Fluminense que tanto amamos e de sua imensa torcida.
E não se esqueçam! Se não saírem agora, continuaremos na luta. Não vamos desistir até que o Fluminense volte a ser grande, comandado por pessoas grandiosas e tendo como dono apenas seus sócios e torcedores apaixonados. No final de 2019 isso tudo vai começar a acontecer. Contamos com o bom senso dos sócios. Saudações Tricolores de Coração.
Curtas
1)A ANTC é contra as reuniões fechadas do Cdel. O Fluminense é a sua torcida e seus sócios. Impedir a entrada desses é uma censura absurda e inadmissível. O que querem esconder? Transparência total Já.
2) A novela Gustavo Scarpa só continua devido a incompetência total da gestão. Esperamos que essa liminar sirva para minimizar o prejuízo causado à instituição.”