O Movimento de Renovação 21 de julho, um dos grupos de apoio da gestão Pedro Abad, publicou uma nota oficial nesta segunda-feira. A reivindicação é pela abertura da reunião do Conselho Deliberativo, que foi adiada do dia 22, para não coincidir com o Fla-Flu, para 26 de março. Veja a postagem na íntegra e as alegações do MR21:

“O MR21 – MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO 21 DE JULHO, por meio de sua coordenação e na fruição de suas atribuições, em respeito aos seus princípios e aos seus seguidores, vem tornar público o seu posicionamento em favor da abertura da próxima reunião do Conselho Deliberativo, que ocorrerá no dia 26 de março de 2018 (adiada do 22/03 em razão do agendamento da semifinal da Taça Rio).

 
 
 

É notório que o clube vive momento complexo, tanto por seu pífio desempenho esportivo, muito abaixo dos resultados mínimos aceitáveis, quanto em relação à sua caótica organização administrativa, que em nada se aproxima do ideal e, sequer, do aceitável.

Tal complexidade se reverbera nas redes sociais, onde se observa um intenso fluxo de informações absolutamente desassociadas da realidade, amplamente difundidas por pessoas mal-intencionadas e que desejam aproveitar o momento de caos para fins meramente políticos, e que encontram ressonância em uma significativa parcela da torcida que toma como verdadeiros fatos que sequer se aproximam da realidade.

O torcedor tricolor precisa ter acesso e conhecer o que realmente ocorre no clube, tanto acerca do aspecto político, quanto sobre os assuntos que estarão em pauta, indubitavelmente os de interesse não apenas de conselheiros, mas também dos sócios e dos torcedores do clube. O torcedor precisa saber quem é quem, o que é verdadeiro ou falso, para que possa fazer, ele mesmo, o seu juízo de valor, e não somente seguir a visão viciada de quem está mais interessado em ganhos políticos através do caos do que propriamente no fortalecimento e perenidade do clube.

Há de se lembrar que o Conselho Deliberativo do Fluminense foi eleito para representar os sócios e os torcedores do clube. Não cabe a nenhum destes conselheiros impedir, portanto, que tais pessoas tenham limitação de acesso às informações que serão apresentadas aos sócios.

Ademais, há de se lembrar que a participação na vida política do clube é uma das prerrogativas oferecidas aos torcedores quando estes optam por se tornarem sócios do clube. É completamente absurdo que, justamente nesse momento de crise, tal direito seja sumariamente cassado.

Entendemos as preocupações com segurança, especialmente após os fatos ocorridos na reunião do 30/01. Entretanto, o papel do clube é criar mecanismos de segurança aos conselheiros e membros da diretoria presentes e não proibir o acesso aos sócios.

Que o acesso seja limitado aos sócios, sendo exigida identificação prévia antes da autorização de acesso ao salão nobre do clube. Que se criem os necessários isolamentos da área destinada aos conselheiros e sócios. Até mesmo que se aumente a presença de seguranças no salão, a fim de garantir a adequada realização das atividades. Mas nunca, sob hipótese alguma, podemos considerar adequada a opção pelo impedimento daqueles que, em realidade, são a razão de existência do Fluminense Football Club.

Acaso prevaleça a opção pelo fechamento de reunião extraordinária solicitada exatamente com o objetivo de obtenção de essenciais esclarecimentos, este conselho estará encaminhando uma mensagem negativa ao Sócio e ao Torcedor do clube, atentando contra a transparência e alimentando a infundada visão de que tal casa não age de forma independente, em acordo com as suas prerrogativas estatutárias”.