O governo do Rio tem planos para iniciar ainda durante a atual permissão a Fluminense e Flamengo, que vai até o fim de abril, um novo processo de licitação do complexo do Maracanã. Os termos ainda estão sendo discutidos, mas uma premissa está definida.
— Estamos trabalhando em um modelo que valorize a participação dos clubes — disse o secretário da Casa Civil, Nicola Moreira Miccione.
Há a intenção de finalizar o processo ainda em 2021. A tendência é que haja mais uma permissão de uso para o estádio não voltar ao controle estadual. As discussões dos termos do edital estão em curto e, pela idoneidade, os clubes não participam, mesmo que Fluminense e Flamengo já administrem o complexo há dois anos. É preciso encontrar um formato que junte contrapartidas aos consórcios participantes e também tempo de concessão.
A equipe técnica da Casa Civil leva em consideração estádios públicos, reformados em moldes semelhantes aos do Maracanã, para avaliar bons e maus exemplos. Mineirão, em Belo Horizonte, e Castelão, em Fortaleza, servem como parâmetro para saber o que se pode ser aproveitado ou não. Não há intenção de envolver dinheiro público nos equipamentos. Allianz Parque, do Palmeiras, e Neo Química Arena, do Corinthians, são vistos como situações distantes, por serem privados e terem apenas um clube em cada.
Recentemente, o Estado chegou a abrir Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), mas rejeitou as três propostas recebidas. Uma delas justamente da dupla Fla-Flu. A comissão consultiva dará parecer informando o porque de não ter aceitado as ofertas. Por ora, a Sociedade de Propósito Específico (SPE) cuida do Maracanã e rapassa R$ 2 milhões mensais ao governo do Rio.
Na visão do governo, há o entendimento de simplificar algumas questões no processo licitatório. Dessa forma, não deve exigir do eventual concessionário grandes intervenções no entorno do local.