A Fifa lançou, na última terça-feira, a cartilha de “Estratégia Global para o Futebol Feminino”, com intuito de reforçar medidas para que as ligas da categoria em todo o mundo se fortaleçam continuamente. Na visão de Amanda Storck, gerente da categoria no Fluminense, o manual traz diretrizes que o clube já vem tomando.
— Ficamos muito felizes com o lançamento do manual e a continuidade desse trabalho pela Fifa. Aqui no Fluminense, o futebol feminino é capitaneado por uma mulher, a treinadora é uma mulher e a nossa comissão é formada por sua maioria de mulheres, além de implementar em todas as áreas do clube, as lideranças femininas – falou Amanda.
Durante a semana, o Fluminense, inclusive, recebeu a visita da técnica da seleção brasileira feminina, a sueca Pia Sundhage. Amanda destacou que a modalidade no clube faz parte do planejamento de todo o futebol.
— O futebol feminino faz parte do departamento de futebol profissional e suas estratégias são traçadas a partir do todo, fazendo com que o futebol feminino seja parte do clube e do planejamento estratégico – disse.
Confira alguns pontos do manual:
Desenvolver e crescer dentro e fora de campo
Junto com as confederações, a FIFA apoiará as associações-membro no desenvolvimento do futebol local, para reter e aumentar a participação feminina no futebol, e fará tudo o que for necessário para garantir que meninas e mulheres tenham caminhos claros para jogar e governar o jogo.
Melhorar as competições femininas
Desenvolver e lançar novas competições internacionais para seleções e clubes femininos, examinar, monitorar e analisar o cenário global das ligas de clubes profissionais com vistas a evoluir a estrutura regulatória que cerca o futebol feminino.
Exposição e valor
Elaborar uma estratégia clara de comunicação do futebol feminino, desenvolver um programa de marketing eficaz para o futebol feminino global, trabalhar para conscientizar as principais atletas e modelos de comportamento por meio de uma maior cobertura e exposição nas plataformas digitais e de comunicação da própria FIFA, identificar embaixadores para elevar o perfil do futebol feminino e defender o acesso e as oportunidades iguais.
Governar e liderar
A FIFA ampliará a representação feminina no processo decisório do futebol nos níveis mais altos e aprimorará ainda mais as estruturas regulatórias que promoverão a profissionalização do futebol feminino. Entre os objetivos estão:
100% das associações membros da FIFA devem ter pelo menos uma mulher presente em seu comitê executivo até 2026. Em 2022, pelo menos um terço dos membros do comitê da FIFA serão mulheres. Cada federação membro irá dedicar pelo menos um assento em seu comitê executivo à representação dos interesses das mulheres no futebol e no futebol feminino.
Educar e empoderar
Fortalecer a capacidade do futebol de impactar positivamente a vida de mulheres e meninas em todo o mundo. Direcionar e focar em questões sociais e de saúde específicas.