Mesmo com Ganso no elenco do Sevilla, Sampaoli pouco usou o meia quando comandou o time espanhol
Em entrevista para o portal Globo Esporte, o treinador Jorge Sampaoli, fez questão de elogiar o camisa 10 do Fluminense, Paulo Henrique Ganso. Tal declaração é curiosa, visto que o atleta teve pouca minutagem no Sevilla, da Espanha, quando o argentino era o seu comandante.
— Para mim, o Brasil deveria voltar às suas origens. Entre a origem do Brasil e essa realidade, há muita diferença. Quando se volta as origens e se percebe que é melhor explorar os próprios talentos e não os externos, certamente, o Brasil vai voltar a fazer diferença, porque ainda surgem jogadores criativos. O que acontece é que o futebol atual prioriza a ocupação dos lados do campo em vez do jogo centralizado. Por isso, se joga menos. Então, como se joga menos, se corre mais. São os jogadores que conseguem o um contra um. Por dentro, eu não vejo jogadores. Inclusive, como Ganso, que faz todo o time jogar. Não vejo. É uma posição em extinção. Todos os que jogam por dentro, que são os jogadores que deveriam ter maior capacidade, estão desaparecendo, porque ninguém quer ter a bola. Há medo de ter a posse. Então, é melhor que a bola fique com o rival. Se eu roubo a bola, corro — disse o treinador argentino.
Vale destacar que a relação entre ambos não é muito boa. Sampaoli pediu a contratação de Ganso quando estava no Sevilla, porém o camisa 10 pouco jogou. Isso chateou o jogador do Fluminense, que até cutucou o técnico na sua apresentação no Tricolor, em 2019.