Aos 25 anos, Fred fez o caminho inverso da maioria dos jogadores sul-americanos. Voltou para o Brasil em 2009 para atuar pelo Fluminense. O irmão Rodrigo não concordou, mas a saudade da filha falou mais alto. Oportunidades, entretanto, não faltaram para continuar no continente europeu.
– O que me fez voltar para o Brasil foi minha filha. Quando ela voltou com a mãe tinha um ano e meio só. Eu sofri muito. Fiquei muito mal. Passei momentos difíceis, onde não sentia mais alegria de treinar e viver na cidade. Não tinha ânimo para fazer as coisas por causa dela. Ainda tinha o desgaste do fim de casamento, que pesa para qualquer um. E também a gente que está lá fora vê o Campeonato Brasileiro…. po, aquela torcida, pressão e queria uma responsabilidade maior, carinho da casa, dos amigos. Queria jogar num clube que me tivesse como referência. Quando o Alexandre Faria (ex-diretor executivo do Fluminense) fez uma loucura, desceu para lá com uma proposta que, para mim, não era boa, me colocou um site da torcida tricolor e pediu para eu olhar. Pessoal falando sobre mim e aquilo mexeu comigo. Minha família, meu irmão falavam para mim: “Fred, não tem como voltar para o Brasil agora. É caminho inverso, cara”. Tinha propostas do PSG (FRA), do Fenerbahçe (TUR), do Tottenham (ING) e ainda tinha a proposta de renovação do Lyon (FRA). Mas o que pesou, realmente, foi minha família. Quando cheguei no Fluminense e vi aquele calor humano, pensei ” Meu deus, é tudo o que eu precisava”. E me senti bem novamente – revelou.