O ano de 2020 ficou para trás, mas a temporada ainda está bem longe de acabar. Para o Fluminense, o que está em jogo é a tão sonhada vaga na Copa Libertadores da América. Há oito anos o Tricolor das Laranjeiras não disputa a competição mais importante do futebol sul-americano, fato que só aumenta a expectativa dos torcedores para uma possível classificação.
Até hoje, foram seis participações no torneio que leva ao Mundial de Clubes, com destaque especial para a edição de 2008, quando o Fluminense teve sua melhor participação e chegou muito perto de levantar o caneco. Infelizmente, a equipe acabou sendo derrotada nos pênaltis pela LDU em pleno Maracanã.
O caminho para chegar lá ainda é difícil, mas o Flu segue firme e forte na briga por uma chance. Após vencer o rival Flamengo de virada, no último minuto do jogo, o plantel comandado pelo técnico Marcão ganhou um ânimo extra e mostrou que não deve nada para as equipes que estão lutando no topo da tabela do Campeonato Brasileiro. Veio o revés histórico para o Corinthians, mas o foco agora está no Sport.
Apesar de contar com alguns jogos a mais do que alguns adversários diretos, o tricolor carioca também pode usar como vantagem o fato de estar disputando apenas o Campeonato Brasileiro no momento. Times como Palmeiras, Grêmio e Santos vivem uma complicada maratona de jogos consecutivos, obstáculo que desgasta e impossibilita um treinamento adequado antes das partidas.
Além disso, Palmeiras e Grêmio estão na final da Copa do Brasil, torneio que premia o campeão com passagem direta para a Libertadores. Com isso, uma das seis vagas ficará para o sétimo colocado do Brasileirão, dando uma chance a mais para o Fluminense.
Outro fator que pode ser determinante é que os jogos considerados mais difíceis ficaram para trás. Daqui em diante, o Fluminense terá pela frente cinco adversários que brigam para fugir da zona de rebaixamento. Entretanto, apesar da pontuação baixa, é preciso atenção especial com essas equipes, já que a competição está acabando e todo jogo será de vida ou morte contra a degola.
Para enfrentar todos esses obstáculos rumo à Libertadores, o Fluminense conta com uma peça fundamental chamada Fred. O atleta, que retornou à equipe e tem contrato até julho de 2022, possui um currículo impressionante, com experiência de sobra para exercer um forte papel de liderança.
Ídolo do clube, o centroavante tem sido essencial também fora de campo, distribuindo dicas e fornecendo mentoria para os atletas que estão começando. Seu papel de líder tem sido elogiado até por outros jogadores experientes, como o volante Hudson, que recentemente destacou a importância do craque para o Fluminense.
Líder de um time de guerreiros
Comandar com a camisa do clube verde, branco e grená não é nenhuma novidade para Fred. Em sua primeira passagem pelo Flu, o jogador foi fundamental para o elenco e acabou recebendo o rótulo de ídolo pela torcida.
Logo no ano de sua chegada, em 2009, Fred ganhou destaque por chefiar a equipe em uma sequência de dez jogos invictos, que livrou o Fluminense de um rebaixamento praticamente decretado, já que o Tricolor das Laranjeiras chegou ao ponto de ter 99% de chance de cair.
Com a reviravolta e o novo apelido de Time de Guerreiros, o centroavante entrou definitivamente para a história do clube em 2010, quando também foi chave principal para a conquista do Brasileirão, título que o Flu não levava para casa desde 1984. Em 2012, o atacante brilhou novamente e ajudou na conquista de mais um Campeonato Brasileiro.
Artilheiro do Brasileirão de pontos corridos
Com um início um pouco conturbado devido a algumas lesões no ano passado, Fred superou as adversidades e balançou as redes três vezes em 11 jogos, com crescentes atuações nessa reta final de Campeonato Brasileiro.
E se depender das estatísticas, os bons números só tendem a aumentar, já que o centroavante é o artilheiro máximo desde 2003, quando a competição passou a ser disputadas no formato de pontos corridos. De lá para cá, já foram 150 gols marcados, números expressivos que o distanciam ainda mais do segundo colocado, Diego Souza, que balançou as redes 117 vezes.
No âmbito geral, o camisa 9 ocupa a quarta posição, ficando atrás apenas de Edmundo, Romário e Roberto Dinamite, que marcaram 153, 154 e 190 gols, respectivamente.