Eleito vice-presidente geral do Fluminense no ano passado, Celso Barros não tem participado do dia a dia do clube, nem nas Laranjeiras nem no CT Carlos Castilho. Ele, em princípio, seria o homem forte do futebol, mas foi afastado desta função por conta de divergências com o presidente Mário Bittencourt. Sua relação com a diretoria atualmente é zero. No entanto, ele se mantém influente nos bastidores e tem vasculhado o mercado atrás de um patrocinador master (espaço vago desde agosto de 2018) para apresentar à presidência. Chegou a ter uma conversa em andamento, que se esfriou com a pandemia do novo coronavírus.
Mesmo de longe, Celso ainda conversa com conselheiros, empresários e jogadores. Reflexo disso é que Fernando Pacheco chegou a ir ao aniversário de sua neta em sua casa.
Afastado do clube, Barros segue ativo nas redes sociais. O vice-geral, de 67 anos, faz parte do grupo de maior risco em meio à pandemia do Covid-19. Logo, tem ficado confinado em sua casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele foi defensor da paralisação dos campeonatos.
No Flu, o vice-presidente geral tem sob seus poderes o controle patrimonial e a conservação da sede. Porém, a gestão atual fez mudanças nas funções, permitidas no Estatuto do clube, para cumprir promessa da campanha e deixar Celso com o futebol. As atribuições foram repassadas para a vice-presidência administrativa. Eleito, Celso não pode ser demitido. Só sai se renunciar, algo que já avisou que não fará. Barros chegou também a considerar virar oposição no futuro, mas por enquanto segue situação no Tricolor.
Internamente, Celso é visto no clube como uma pessoa agradável, só que também teimoso quando contrariado. Quando bateu de frente com Mário Bittencourt, outro com personalidade forte, causou incômodo. Há quem acredite que os dois ainda possam se reaproximar. Fato é que a parceria durou de verdade por apenas poucos meses.