Não é de hoje que Fernando Diniz vem sendo muito elogiado por seus comandados no Fluminense. E Felipe Melo é mais um deles. Na visão do zagueiro, inclusive, o técnico foi a grande contratação feita pela diretoria tricolor. O defensor foi além e afirma que a CBF fez uma enorme covardia com o treinador durante o seu período como interino da seleção culminando com a demissão.
— Deus trouxe ele para cá para nós vencemos o maior título da história do clube (a Libertadores de 2023) juntos. Ele tem tudo junto, taticamente ele é fera, psicologicamente é um cara que ajuda demais. É um cara que se importa com o ser humano, que treina exaustivamente, treina muito, trabalha muito. E uma pena, penso eu, na minha forma de pensar, foi uma covardia muito grande o que fizeram com ele na seleção brasileira. Mas eu agradeço muito por ele estar no Fluminense. Foi a maior contratação do Fluminense. Eu anoto muita coisa, tenho caderno com muitas anotações das coisas que eu aprendo com o Diniz, tanto no sentido de campo como também sentido de ajudar o ser humano – disse ao site ge.
Questionado sobre qual foi o principal técnico de sua carreira, Felipe Melo, já experiente e rodado, não soube citar apenas um. Ele destacou diversos comandantes com os quais trabalhou e citou a química com Diniz.
— Não tem condição de falar quem é mais. O Luxemburgo me faz entender o que é a palavra atleta. Tive Felipão, o último campeão mundial com a seleção. Um cara fantástico, fui campeão brasileiro com ele no Palmeiras. Tem o Cesare Prandelli, eu saio do Almería com o Unai Emery, depois de fazer 7, 8 gols e ser o melhor volante do Campeonato Espanhol, eu chego na Itália e ele me ensina a comportar taticamente. No Galatasaray tive o Fatih Terim, o Imperador, esse cara é um pai para mim. O Unai Emery, eu lembro que ele me liga: “Vou te trazer para cá, quer jogar de quê?” “Eu quero jogar de volante, quero ir para a seleção”. “Então você vai vir para cá, você vai ser o melhor volante do Campeonato Espanhol”. E me torno o melhor volante do Espanhol com oito gols na temporada. Tive Mancini, que me ensinou muita coisa. E por fim o Diniz – iniciou, prosseguindo:
— O Diniz é tudo isso e… Mas eu acho que eu e o Diniz temos uma química. Foi Deus que realmente preparou esse momento para estarmos juntos. Nós jogamos juntos no Flamengo. Uma vez, num Palmeiras x São Paulo, quando acaba o jogo, eu estou indo para o vestiário, ele me chamou, a gente conversou. Num podcast uma vez ele fala, quando perguntam para ele, que jogador ele gostaria de trabalhar, qualquer um no mundo, e ele fala Felipe Melo.