Em outubro de 2018, o Fluminense fechou parceria com o Daminhas da Bola, de Duque de Caxias, e voltou às atividades do futebol feminino. O retorno da modalidade é uma exigência da Conmebol. Os times que participam de torneios da entidade, caso do Tricolor, que disputa a Copa Sul-Americana no masculino, precisam ter uma equipe feminina de futebol ativo. O Tricolor, portanto, além de voltar a competir, luta para disputar a Copa Libertadores da América.

Thaissan Passos, fundadora do Daminhas da Bola, ex-atleta de futebol com passagem pelo Fluminense, criou o projeto logo que encerrou a carreira, com uma visão da formação de atletas para categoria de base no futebol feminino.

 
 
 

– Mais do que formar atletas, o objetivo maior do projeto é dar oportunidades através do futebol, não só na parte esportiva, mas também na educacional. Formar uma atleta de futebol, mulher de bem e consciente da sua importância na sociedade – declarou.

Para participar da Libertadores feminina de 2020, o Fluminense terá de, nada menos, vencer o título brasileiro. Apenas os campeões nacionais participam do principal campeonato do continente.

Na edição de 2019, são 12 equipes participantes. As dez campeãs nacionais mais o país-sede e a vencedora do ano anterior. O Brasil será representado pelo Corinthians nesta temporada.

Para a atual temporada, as meninas do Fluzão se preparam em Rio Bonito, região metropolitana do Rio de Janeiro. Os treinos aconteceram no Complexo Poliesportivo Bonitão, que cedeu as instalações ao clube. Além do time profissional, também estiveram na pré-temporada algumas jogadoras das equipes Sub-20 e Sub-17 que se destacaram na Liga do Desenvolvimento de Futebol, realizado pela Conmebol em dezembro. Foi a primeira competição oficial disputada pelo Tricolor e o time Sub-14 ficou com o vice-campeonato.

– A expectativa é grande, conheço nossa treinadora Thaissan e sei do trabalho dela. Acredito muito em tudo o que ela faz, a maneira como trabalha. A expectativa é de que o projeto dê certo – destacou a volante Gabriela, que teve passagem pelo Fluminense em 2012.

– Comecei no juvenil, na época tinha 18 anos, e retornar agora está sendo muito especial. Hoje me sinto diferente, mais preparada, pois estou mais madura, com 25 anos. Estou com uma cabeça melhor, tenho uma visão diferente das coisas – completou.

Foram duas semanas de atividades na pré-temporada em treinos de dois a três períodos no Complexo Poliesportivo Bonitão, que além de ceder as instalações, também ofereceu  áreas de musculação, fisioterapia, piscina, entre outras.

– A pré-temporada foi fundamental para iniciar o desenvolvimento do trabalho do futebol feminino em 2019. O Campeonato Brasileiro começa em março e queremos estar preparadas. As atletas se conheceram, tiveram mais contato com a comissão técnica, treinaram forte. Além disso, a cidade nos recebeu muito bem, tivemos diversos apoiadores em Rio Bonito e foi essencial para a preparação – explicou a gerente de futebol feminino do Fluminense, Amanda Storck.

Os elencos do time principal, Sub-18, Sub-16 e Sub-14 se reapresentaram no último dia 23 nas Laranjeiras.