Foto: Lucas Merçon/FFC

Vamos continuar conversando sobre Libertadores, torcedor das três cores que traduzem tradição?

Terminada a primeira metade da fase de grupos, já conhecemos os nossos rivais dentro de campo e já temos um panorama concreto dos desafios que estamos enfrentando.

 
 
 

Os três jogos iniciais apresentaram um desafio facilmente identificado desde o sorteio que definiu o nosso grupo. Estreia contra o fortíssimo River Plate e na sequência dois jogos fora de casa contra adversários que prometiam ser reais concorrentes a uma das vagas no mata-mata. Pontuamos com eficiência e alcançamos a boa média de 5 pontos em três partidas.

Agora vêm dois jogos em casa contra os adversários colombianos e chegou o momento de garantirmos a nossa vaga. Chegou a hora da onça beber água e mostrar que grandes são os outros, o Fluminense é enorme.

Uma vitória quarta-feira contra o Santa Fe coloca o Flu numa condição muito boa quanto às probabilidades de classificação. Vencer é necessário. Então qual o melhor caminho para alcançarmos os três pontos? O primeiro jogo contra o mesmo adversário nos mostrou caminhos. O que deu certo no primeiro confronto contra o Santa Fé?

Sempre que atacou de forma mais aguda, o Fluminense conseguiu criar sérias dificuldades à defesa adversária;
Jogadas pelas pontas, por onde o adversário dá mais espaços, buscando encontrar jogadores por dentro funcionaram. Assim chegamos aos 2 gols;

Cruzamento da linha de fundo para o artilheiro Fred, como no segundo gol; Dupla de zaga conseguiu anular os jogadores adversários que fizeram o papel de referência no ataque;

E o que deu errado?

Baixíssimo percentual de posse de bola. Terminamos com apenas 27% de posse de bola. Já no primeiro tempo, com 11 contra 11, tivemos 26% de posse; Linhas de marcação muito baixas, com segunda linha de marcação na entrada da área. Chamando o adversário para jogar dentro da nossa área; Não conseguimos acompanhar com eficiência a infiltração na área dos meias adversários;

A vitória foi alcançada, mas não deveríamos manter essa perigosa estratégia de jogo em casa. Dar a posse de bola ao adversário e convidá-lo a povoar a proximidade da nossa área é desnecessário. Nos expõe a riscos e não é a melhor maneira de explorar as fraquezas do time colombiano. O ponto fraco do ataque do Santa Fe é a posição de centroavante. Por outro lado, eles chegam com muita gente na área, os meias infiltram. Se forem convidados, eles chegam na área. Vamos estender tapete vermelho?

O que fazer então? É preciso diminuir espaço e pressionar a posse de bola mais longe da nossa área. Colocando no popular… morder no meio, pra roubar a bola na faixa central. É mais fácil contra-atacar partindo do círculo central do que da meia lua. Não tem mistério.

Outro ponto fraco do adversário não explorado é a dificuldade dos zagueiros na saída de bola. Não marcamos pressão na saída nenhuma vez, NENHUMA. Não precisamos pressionar os 90 minutos, mas dá pra incomodar de vez em quando e roubar duas ou três bolas que podem decidir o jogo.

E pra terminar, o Santa Fe nos deu espaço sempre que trabalhamos a bola. Já entendemos que o caminho é pelos lados. Se com tão pouca posse da bola conseguimos criar algumas chances de gol, será que trabalhando mais a bola no ataque buscando espaços, tocando de pé em pé, não podemos dominar o jogo e alcançar uma vitória até certo ponto tranquila? Qualidade técnica para isso, comparado com o adversário, o Fluminense tem.

Sem medo de ser feliz eu digo que podemos sim. O Santa Fe não assusta. Não temos nenhum motivo para jogarmos com medo.

Santa Fe, vem tranquilo. Aqui é Fluminense!

Até quarta!