A gente ainda vai falar aqui de Boca, modelo, tática… bola. Mas não vai ser hoje. Por ora, há uma questão que guarda relação com tudo o que foi citado acima, porque é a base pra que tudo o que foi minuciosamente treinado, repetido, testado, funcione no dia da grande final: o campo de jogo.
Amigos, o gramado do Maracanã está muito ruim. Pra um time que tem como meta empurrar seu adversário pro campo de defesa, trocar muitos passes, um bom gramado guarda relação direta com o desempenho, principalmente no setor de criação, no momento ofensivo.
Não é mais surpresa pra ninguém que o futebol moderno notabiliza-se, entre outros aspectos, pela capacidade dos times de preencher com velocidade, nunca antes vista, os espaços no campo de jogo.
E o gramado ruim prejudica justamente o que você precisa fazer pra que esses sistemas defensivos muito bem arrumados sejam batidos: dar muita velocidade na circulação da bola.
Se a bola chega e você precisa dar dois, três toques na bola pra arrumar ela no pé pra dar um passe, essa circulação vai ser extremamente lenta e vai prejudicar demais. Nesse jogo em específico, o melhor ataque da competição vai enfrentar o melhor sistema defensivo da competição.
Um bom gramado é fundamental pro Fluminense poder praticar seu futebol mais técnico e mais vistoso. E todo o mundo do futebol sabe disso, inclusive nosso parceiro de Maracanã e rival no campo de jogo: o Flamengo.
Numa atitude mesquinha e invejosa, o Flamengo bate o pé pra jogar com o Red Bull Bragantino pouco antes da final, o que inviabilizaria por completo a recuperação do gramado, já castigado.
Flamengo e Vasco jogam no Maracanã dia 22 de outubro. E depois o Maracanã precisa parar. Mas o Rubro-Negro, desesperado com a possibilidade de ver o primeiro carioca a comemorar a Libertadores na nossa casa, faz de tudo pra atrapalhar.
Ele, Flamengo, vai argumentar o direito de uso. Mas não foi o que foi feito na última vez que houve decisão de Libertadores no estádio, na temporada 2020/2021. Ali, a final estava marcada pro dia 30 de janeiro de 2021.
No dia 24 de janeiro, o Fluminense, que tinha mando de campo, mandou o clássico contra o Botafogo para São Januário.
No dia 21 de janeiro, o Flamengo, que tinha mando de campo e brigava pelo título, levou seu jogo contra o Palmeiras para Brasília. Sem bater pé, sem birra, sem chilique.
O mínimo que a gente espera, nesse caso, da CBF, é o mesmo tratamento que foi dado a algo que ocorreu há pouco tempo.
Se a final fosse Boca e Inter, o mimado Flamengo não bateria o pé. Se estivesse na final, o incompetente Flamengo com toda certeza seria a favor do Maracanã parar.
Mas não está. O Fla caiu da competição e agora quer melar o espetáculo. De qualquer forma do Flamengo e, especificamente dessa diretoria deles, a gente não espera o certo, o honesto, o correto.
Esses caras são aqueles que forçaram a volta do futebol quando o país perdia pra Covid milhares de pessoas diariamente. Se do Flamengo nada podemos esperar, é do Presidente do Fluminense que a gente espera uma postura firme nesse caso.
Que lute junto à Conmebol, junto à CBF, pra que esse jogo do Flamengo com o Bragantino ocorra fora do Maracanã.
O Fluminense já está, a poucos dias da final, emprestando seu treinador pra seleção, num prejuízo de períodos de treinamento, nessa Data FIFA, incalculáveis. É fundamental que o Fluminense, no mínimo, se posicione publicamente contra esse descalabro que o Clube de Regatas, fora da decisão, quer impor.
A decisão começou, Mário. O Fluminense vai jogar contra um time historicamente favorecido nos bastidores da Conmebol, e que, inclusive, tirou o nosso Fluminense da competição em 2012, com uma arbitragem criminosa em Buenos Aires.
E, além de tantos desafios que o clube já passou e terá que passar, o Flamengo, que não foi capaz de vencer seu confronto pra encarar o Fluminense no campo de jogo, se coloca como mais um obstáculo nesse caminho que levará o Fluminense à tão sonhada taça.
O Fluminense será o campeão da Libertadores de 2023. Até lá, a gente está precisando de uma grande atuação sua nos bastidores. Depois é comemorar e entrar pra história.