Ao contrário do Fluminense.
Analisem comigo: Bigode, Felipe Melo, Nathan, Marrony e Michel. Esses foram os caras que entraram pra tentar mudar o jogo. Todos reservas. Seguramente os salários somados dessa turma beira 2 milhões de reais por mês. Vou repetir, enfaticamente: todos RESERVAS.
No time que entrou em campo ainda tínhamos Caio Paulista, comprado a peso de ouro, e o inacreditável Wellington, cuja participação decisiva no primeiro gol dos paulistas (o que deu o tom pro jogo) era mais do que previsível. Nem em pelada de solteiros contra casados um cara que convida o atacante pro chute sairia sem todas as reclamações do mundo.
Amigos, é muito dinheiro mal gasto. Um Dinheiro que não temos. O nome disso é descaso, incapacidade de gerenciamento. O que me preocupa? As críticas ao treinador.
Olhem, o Diniz errou demais na última quinta-feira. Mas demais mesmo. Passando pela escolha do inacreditável Wellington e terminando na verdadeira salada, que desmontou o time no segundo tempo. Mas devagar com o andor… Não dá pra colocar nosso treinador no topo da lista dos responsáveis por mais essa eliminação em mata-mata.
Quem deve responder por ela é o Mario e sua equipe. Um clube com evidentes limitações financeiras não pode se dar ao luxo de pagar salários milionários para jogadores aposentados. Não pode fazer investimentos em rebotalhos perdidos na Moldávia ou na Dinamarca. Não pode torrar dinheiro com jogadores medíocres enquanto a incensada melhor base do país é pouco utilizada para que veteranos e jogadores de empresários desfilem mau futebol com nossa camisa.
Dos dezesseis jogadores que entraram em campo ontem apenas dois (Martinelli e Matheus Martins) vieram da base. Um volante que estava na seleção de base sequer foi testado para a posição na qual o Wellington trotador convidou o Renato Augusto pro gol dos caras. Isso faz sentido para vocês? Pra botar jogador mediano (e caro), não é melhor investir tempo e dinheiro nos nossos?
O Fluminense segue sua sina de não conseguir mudar os padrões. Tome empresário botando todo tipo de jogador, tome venda precoce para pagar salários desses caras, tome desinformação sofre a realidade financeira do clube.
A venda do Luis Henrique foi inaceitável. Um atestado incontestável de incapacidade executiva de nossos dirigentes.
O André, dos melhores jogadores que temos, seria emprestado ao CRB, se o Hudson – o Hudson, que hoje processa o clube! – não tivesse se machucado. Na boa…
Mudou muito pouco. Temos um treinador diferente, capaz de montar um time competitivo mesmo com elenco ruim? Sim, temos. E temos que preservá-lo, sem deixar de apontar seus erros.
Afinal, alguém tem dúvida de que se o Diniz sair quem assumirá seu lugar nada terá a ver com sua proposta de jogo e ideias táticas? Antes dele vieram treinadores horrorosos como Odair, Roger e Oswaldo. Depois dele virão outros da mesma panela.
Mário não tem método. E mudou também a narrativa. Mário e sua equipe são bons nisso. Aparelharam a imprensa, contrataram jornalistas amigos, artificializaram habilmente uma atmosfera para que os erros fossem jogados sob o tapete. São inúmeros os sujeitos cheios de dedos cuidadosos pra apontar equívocos e alegria nas palavras para enaltecer alguns brilharecos. Gente que têm que pedir benção, ora em troca de salário, ora em troca de alguns furos ou entrevistas exclusivas. Vocês sabe quem são. E são muitos, espalhados na mídia segmentada e na grande mídia também.
Diniz, com erros e acertos, nos fez competitivos, nos botou pra sonhar alto. Está na lista dos responsáveis, não há dúvida, mas antes dele estão Mario, sua equipe de apoio e os inúmeros perebas que nosso treinador tem que escalar
Domingo tem Fla X Flu. Jogo importante pra nos colocar de novo na fase de grupos da Libertadores. É pouco, mas é o que nos resta.
Podemos vencê-la, com sorte, trabalho, método e planejamento. Mas nosso presidente anunciou que pretende trazer Thiago Neves.
CRÉU!
Pois é.
Abraços tricolores.