Após o péssimo 2×2 de ontem, Roger Machado repetiu, na coletiva, o que parece ter virado seu mantra: O Fluminense está jogando no limite.
A importância dessa fala é enorme para o entendimento sobre o que representa nosso treinador. Alguns pontos precisam ser esmiuçados, algumas premissas debatidas, para que agora, uma semana antes do jogo da volta, o inerte Mario Bittencourt resolva se quer olhar para o bem do time ou para seu próprio umbigo:
- O tal “time no limite” é, acima de tudo, uma colocação covarde, na qual, na maior cara dura, o treinador lava as mãos sobre o futebol apresentado e, deliberadamente, joga a culpa no elenco. Algo do tipo “isso que estamos jogando é o melhor que dá pra fazer”. Será que os jogadores também acham? Será que o presidente, que montou o elenco, vai concordar passivamente? É seu próprio trabalho que está sendo posto em xeque.
- O tal “time no limite” também é impreciso. Limite, no futebol, não tem a ver só com o seu time. É um jogo contra alguém. O limite muda de acordo com o futebol do adversário. Mas para o inacreditável Roger, é aceitável jogar na base da transpiração e entrega, contra adversários melhores e piores. É uma colocação burra demais.
- O tal “time no limite”, por fim, é pernóstico, egocêntrico, beirando o delírio infantil, quando nos damos conta que sequer novos caminhos táticos são testados. Sim, amigos, para o Roger o limite está na parte que não é de sua responsabilidade. Nas entrelinhas, esse posicionamento do nosso treinador também diz o seguinte: “No meu trabalho não tem o que mudar. Não é melhor por causa da limitação do elenco”.
Não estou com saco de escrever muito. Aliás, por falar em limite, o péssimo trabalho desse sujeito já fez com eu chegasse no meu. E tem tempo.
Meu recado não é pra esse infeliz, mas para o Mário: o treinador está botando na sua conta, na conta dos jogadores. Você concorda com isso? Nós vamos decidir uma classificação importantíssima, em clara desvantagem, com esse lunático no comando?
Pare de se preocupar com os mauricinhos da grande mídia, que não assistem aos jogos do Flu e seguem na ladainha de que somos pequeninos e que o trabalho do Roger é acima das expectativas em razão do que temos. Seja corajoso, porra!
Escute os tricolores, os que sofrem, acompanham. Os que te botaram aí.
Nossas chances de classificação estão reduzidas. Nem o Guardiola, em uma semana, arrumaria esse time sem cérebro do Fluminense. Mas seguir com o Roger é bater de frente com as evidências, com o correto. Chega a ser imoral esperar a queda para demiti-lo, para que você, Mário, não sofra críticas se der errado.
Você é o presidente da torcida do Fluminense.
Bote o Marcão. Conhece o grupo e poderia servir como injeção de ânimo pra esses caras, quem sabe contribuindo também dentro das quatro linhas.
Porque ironicamente eu concordo com a fala do Roger de que o time está no limite. Mas no limite de baixo. Piorar não dá.
Fora com esse egocêntrico despreparado. Ainda temos 90 minutos.
Honre a posição que ocupa. Honre a arquibancada de onde você saiu. A fala que nos interessa agora é a sua! Coragem. Fora Roger!