O Fluminense vive o processo de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e quer tomar todos os cuidados possíveis. De acordo com informações do jornalista Diogo Dantas, no O Globo, o grande objetivo neste momento é afastar o debate sobre a criação da SAF da discussão polítiva.
A principal questão envolve Mário Bittencourt, que caminha para o fim de seu segundo mandato como presidente e está cotado para ser o CEO da SAF. Diante das acusações de conflito de interesse, que reduz o debate técnico, existe o temor que a discussão política interna atrapalhe o projeto de ser concluído ainda em 2025.
Durante a reunião no Conselho Deliberativo na última segunda-feira (14), Mário Bittencourt e o vice Mattheus Montenegro foram acusados de defender interesses próprios no projeto.
– A reação de alguns conselheiros foi vista com temor de afastar interessados na venda da SAF. Nesse sentido, a diretoria mede palavras em um dilema entre transparência e estratégia de mercado, explicou Dantas.
Conforme o jornalista o Fluminense pretende vender 60% do controle do Clube a investidores. O comprador terá que assumir a dívida de R$ 800 milhões e ainda está previsto um aporte inicial de R$ 500 milhões, além de investimentos por ano no futebol.
O Clube espera a chegada por uma proposta ainda no mês de abril para que o tema possa ser discutido e votado até junho ou julho. A diretoria nega que tenha recebido contatos, versão que foi desmentida pelo jornalista José Ilan.