Mistério no ar. Conhecido por vender suas últimas grandes revelações por valores considerados baixos para o mercado, o Fluminense sacramentou mais uma negociação: a de Matheus Martins para o grupo que administra a Udinese (ITA) e o Watford (ING). Seguindo moldes similares de outras como Luiz Henrique, João Pedro e Richarlison, por exemplo, o Tricolor manteve 10% dos direitos econômicos, como informado em nota. Confira o comunicado oficial do clube:
“O Fluminense Football Club concluiu a negociação para a transferência do meia-atacante Matheus Martins. O clube, que mantém 10% dos direitos econômicos do jogador, agradece a dedicação do atleta ao longo dos quase dez anos em que vestiu a armadura tricolor e deseja muito sucesso em sua nova etapa. Formado em Xerém, Matheus atuou 51 vezes pelo time profissional e marcou seis gols.“
A partir deste comunicado, o NETFLU entrou em contato com o Fluminense para entender melhor a negociação. A questão é se o clube tem, de fato, 10% real sobre qualquer negociação de Matheus numa possível futura revenda ou se, como nos casos anteriores de joias comercializadas, o clube teria direito a 10% de mais valia. Ou seja, se os 10% do Fluminense seriam apenas sobre o lucro, caso este fosse obtido numa venda futura do jovem.
Para um melhor entendimento, segue o exemplo a seguir: se Matheus fosse vendido pelo Fluminense por R$ 1 milhão e revendido pelo mesmo valor, em caso de 10% real, o Tricolor teria direito a R$ 100 mil. Já se os 10% for sobre a mais valia, para ter direito aos mesmo R$ 100 mil, o jogador teria de ser revendido por R$ 2 milhões (10% sobre o lucro de R$ 1 milhão).
– Não vamos falar nada além do que está na nota – limitou-se a dizer a assessoria de imprensa do Fluminense ao ser questionada a respeito do tema pelo NETFLU.
Segundo informações que circularam na imprensa, Matheus Martins foi vendido por 6 milhões de euros fixos (R$ 34,1 milhões na cotação atual, pagos em parcelas, além de 3 milhões de euros (R$ 17 milhões) de bônus se o atacante atingir algumas metas.