O Fluminense jogou de igual para igual com o Santos, terceiro colocado do Brasileiro, mas não conseguiu mais do que um empate no Pacaembu. O time de Abel Braga marcou muito, teve a bola da partida com Wendel, que chutou na trave, mas ficou no 0 a 0 pela segunda vez consecutiva na competição. O Tricolor se mantém no meio da tabela.
Foi duro de assistir o primeiro tempo. Não faltou aplicação na marcação, mas Santos e Fluminense estavam com a marcha lenta. Os donos da casa até atacaram um pouco mais, enquanto o Tricolor parecia cumprir um protocolo: deixar o tempo passar para conquistar mais um pontinho fora de casa.
Marlon Freitas, Orejuela e Wendel jogavam perto e trocavam passes entre si. No meio-campo. Ou seja, não representavam qualquer ameaça aos donos da casa.
Nas laterais, Lucas, ao contrário de jogos anteriores, até apoiou mais do que Léo, preso na marcação. A válvula de escape, Wellington Silva, estava bem marcado e parecia acomodado com isso. Não tentou nenhuma jogada individual em velocidade. Quando recebia a pelota, tocava para trás ou para o meio. Gustavo Scarpa até buscou o jogo, mostrou disposição, mas tecnicamente não produziu. Henrique Dourado só foi notado ao receber cartão amarelo numa falta no círculo central.
O Fluminense não ofereceu nenhum perigo ao Alvinegro. Vanderlei saiu com o uniforme limpo, já que o adversário não finalizou uma vez sequer na direção ao gol. O que se viu no final da primeira etapa foram toques horizontais do Tricolor, como se estivesse esperando o encerramento dos 45 minutos iniciais.
Para sorte da equipe carioca, o Santos também não estava inspirado. Exceto uma finalização cruzada de Lucas Lima e outra na entrada da área de Léo Cittadini, defendida por Júlio César, não incomodou o bem postado sistema defensivo tricolor.
O jogo melhorou no segundo tempo. Aos cinco minutos, Henrique Dourado puxou um contra-ataque, esperou a aproximação de Wendel e rolou na boa. O volante saiu na cara do goleiro, mas adiantou demais a bola, ainda conseguiu driblar Vanderlei e tocou caprichosamente na trave.
O Flu esteve mais presente no ataque, muito pela participação mais efetiva de Wellington Silva pelo lado esquerdo. O Santos, com dificuldades para criar, dada a marcação cerrada do Time de Guerreiros, só chegou numa cabeçada defendida por Júlio César sem problemas.
Abel só resolveu trocar no fim, pondo Marcos Júnior, Robert e Pedro nos lugares de Wellington Silva, Gustavo Scarpa e Henrique Dourado, respectivamente, mas não foi o suficiente para buscar a vitória.
O Fluminense mantém sua invencibilidade de mais de dois meses fora de casa, mas continua no meio da tabela, agora com 27 pontos, na 10ª colocação.
Escalação do Flu: Júlio César; Lucas, Renato Chaves, Henrique e Léo; Marlon Freitas, Orejuela e Wendel; Gustavo Scarpa (Robert), Wellington Silva (Marcos Júnior) e Henrique Dourado (Pedro).