A partir de março, Engenhão e Maracanã estarão indisponíveis para os clubes cariocas, que buscam soluções. O Estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, apareceu como principal alternativa, mas as conversas não andaram em razão do custo final das obras de ampliação do estádio. Uma outra opção surgiu, de acordo com o site da ESPN Brasil, O Estádio Ítalo Del Cima, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio.
Os representantes do Campo Grande Atlético Clube, dono do estádio, se reuniram com a empresa de marketing esportivo, Sportlink. O encontro selou o interesse das duas partes em explorar o Ítalo Del Cima para ser usado pelos gigantes da cidade. As diretorias de Botafogo, Flamengo e Fluminense estudam a possibilidade.
Na década de 60, o local já abrigou 22.500 pessoas. Hoje, acontecem partidas apenas com portões fechados por não atender às normas de segurança.
– Em 2005 já tinha sido feito um estudo desse tipo para que Flamengo e Botafogo mandassem seus jogos aqui enquanto o Maracanã era reformado para os Jogos Pan-americanos. À época, a reforma ficou orçada em pouco mais de R$ 4 milhões. Hoje em dia, seria necessário acrescentar cadeiras às arquibancadas existentes, reformar os vestiários e melhorar o gramado. Com isso, seria possível ampliar a capacidade do estádio para entre 20 e 22 mil pessoas. Se não houver problemas estruturais, o projeto deve ficar mais barato do que o do estádio Luso-Brasileiro – disse João Henrique Areias, vice de futebol do Campo Grande.
Areias foi quem liderou o projeto da Arena Petrobras, em 2005, quando uma reforma permitiu que Flamengo e Botafogo mandassem seus jogos do Brasileiro no estádio da Portuguesa da Ilha para um público 30 mil torcedores, através de arquibancadas tubulares.
O projeto atual é baseado no de 2005, mas terá uma capacidade menor. A ideia agora é construir duas estruturas fixas atrás dos gols, para cinco mil pessoas cada, e uma outra provisória numa das laterais do campo, para outras sete mil pessoas, no total de 22 mil lugares. O custo está estimado em R$ 21 milhões. O Governo do Estado já autorizou os clubes a usarem a Lei de Incentivo ao Esporte para a reforma, garantindo isenção de ICMS à empresa que abraçar o projeto. No início da próxima semana, a Sportlink fará uma vistoria técnica no estádio.